Seria difícil de entender” se as pessoas não votassem nesta eleições”

26 de Setembro 2021

O Presidente da República disse hoje ser “difícil de entender” se os portugueses não votassem nas autárquicas, numas eleições que considera “decisiva”, por permitir escolher quem vai gerir os fundos europeus pós pandemia.

“As pessoas perceberam, com aquilo que aconteceu durante a pandemia, que os autarcas são insubstituíveis. Agora, com a crise económica e social, quem é que vai ter a responsabilidade de gastar boa parte do dinheiro do Orçamento do Estado, o dinheiro dos fundos europeus, os autarcas”, comentou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe do Estado falava aos jornalistas depois de ter votado em Molares, Celorico de Basto, no distrito de Braga, onde tem raízes familiares.

“É um voto decisivo. Nos fundos europeus, a parte mais significativa vai ser gasta durante os quatro anos pelos autarcas que são escolhidos hoje”, reforçou.

Por isso, para o Presidente da República, “não votar nestas eleições é uma coisa difícil de entender”.

Passavam cerca de 15 minutos da uma da tarde quando Marcelo Rebelo de Sousa, que conduzia o seu carro, foi recebido à entrada da sede da junta de freguesia pelo presidente da Câmara, Joaquim Mota e Silva.

Aos jornalistas, após exercer o seu direito de voto, o chefe do Estado recordou que fez, no sábado, um “apelo ao voto”, considerando “uma evidência” que a “grande lição da pandemia foi que, quando foi preciso resolver o problema das pessoas”, foram a câmaras municipais que “apareceram em primeiro lugar”.

Insistindo no discurso contra a abstenção, acrescentou: “Até nas Presidenciais subiu um bocadinho a taxa de participação e era o pico da pandemia no final de janeiro. Agora, que estamos numa fase completamente diferente, já não há o receio, já não há o temor, o tempo está muito melhor, as pessoas perderem a ocasião de escolherem aqueles que vão estar perto delas, como estiveram na pandemia, vão estar na recuperação económica e social, é uma coisa que não faz sentido”, declarou.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Carina de Sousa Raposo: “Tratar a dor é investir em dignidade humana, produtividade e economia social”

No Dia Nacional de Luta contra a Dor, a Health News conversou em exclusivo com Carina de Sousa Raposo, do Comité Executivo da SIP PT. Com 37% da população adulta a viver com dor crónica, o balanço do seu reconhecimento em Portugal é ambíguo: fomos pioneiros, mas a resposta atual permanece fragmentada. A campanha “Juntos pela Mudança” exige um Plano Nacional com metas, financiamento e uma visão interministerial. O principal obstáculo? A invisibilidade institucional da dor. Tratá-la é investir em dignidade humana, produtividade e economia social

Genéricos Facilitam Acesso e Economizam 62 Milhões ao SNS em 2025

A utilização de medicamentos genéricos orais para o tratamento da diabetes permitiu uma poupança de 1,4 mil milhões de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos últimos 15 anos. Só em 2025, a poupança ultrapassou os 62 milhões de euros, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Medicamentos pela Equidade em Saúde (Equalmed) no Dia Mundial da Diabetes.

APDP denuncia falhas na aplicação do direito ao esquecimento para pessoas com diabetes

No Dia Mundial da Diabetes, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal alerta que a Lei do Direito ao Esquecimento não está a ser cumprida na prática. A associação recebe queixas de discriminação no acesso a seguros e crédito, defendendo que a condição clínica não pode ser um obstáculo à realização pessoal e profissional. A regulamentação da lei está em fase de auscultação pública, mas persiste o receio de que não garanta plena equidade.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights