Cerca de 500 manifestantes percorreram o centro de Atenas, passando pelo Parlamento e dirigindo-se ao Ministério da Saúde, numa iniciativa convocada pelo sindicato dos médicos dos hospitais públicos (OENGE).
Os trabalhadores da saúde realizam também uma greve de sete horas em Atenas e de 24 horas em algumas regiões.
Num comunicado, a OENGE disse que a falta de pessoal e os tempos de espera por consultas médicas e cirurgias, que ultrapassam um ano em alguns casos, estão “a empurrar os doentes para o setor privado de saúde.
Segundo o sindicato, esta situação é o resultado e uma política intencional do Governo conservador de Kyriakos Mitsotakis, que, dessa forma, quer dar um impulso à privatização da saúde.
Na Grécia, todo o pessoal de saúde é obrigado a ser vacinado contra a covid-19 e, no caso de um funcionário não provar que tem pelo menos a primeira dose, é suspenso do emprego e do salário até que tenha completado as diretrizes governamentais.
O sindicato garante que, desde setembro, quando o novo regulamento entrou em vigor, 7.000 trabalhadores da saúde pública foram suspensos, o que representa cerca de 10% de todo o pessoal de saúde.
No momento em que a Grécia assiste a um aumento de novas infeções com o novo coronavírus, os sindicatos da área da saúde destacam que os seus associados estão a atravessar um momento de esgotamento, depois de vários meses de luta contra a pandemia e perante graves deficiências hospitalares.
LUSA/HN
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