Ministra diz que aumento extraordinário das pensões até 1.097 euros custa 600 milhões de euros

25 de Outubro 2021

O aumento extraordinário das pensões até 1.097 euros vai custar 600 milhões de euros ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), disse eta segunda-feira a ministra do Trabalho, no parlamento, sublinhando que este é um orçamento de esquerda.

Na Comissão de Orçamento e Finanças, onde está a ser ouvida no âmbito da apreciação na generalidade da proposta de OE2022, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse que o aumento das pensões em 10 euros vai abranger 2,3 milhões de pessoas “com pensões até 1.097 euros” correspondendo a “um aumento de 600 milhões de euros na rubrica das pensões no OE2022”.

“Se compararmos com 2015, temos mais 3,8 mil milhões de euros na rubrica das pensões, mais 25% nesta dimensão do orçamento da Segurança Social”, indicou Ana Mendes Godinho.

A ministra enfatizou que “face a uma visão estratégica de esquerda” nos últimos seis anos foi possível aumentar “cerca de 840 euros acumulados por ano para pensionistas com pensões mais baixas”.

Na sua intervenção inicial, a ministra defendeu que “este orçamento é claramente um orçamento de esquerda” sublinhando que o documento sofreu alterações desde o início, fruto das negociações com os partidos, nomeadamente PCP e BE.

Ana Mendes Godinho realçou ainda que o Governo tem como objetivo “ter o maior aumento do salário mínimo das últimas décadas”, que irá crescer “6% em 2022 face a 2021”, tendo como objetivo chegar aos 850 euros até 2025.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, está a ser ouvida hoje no parlamento pela Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da apreciação, na generalidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

A proposta de OE2022 será votada na quarta-feira, na generalidade, e a sua viabilização não está garantida, depois de o BE e o PCP terem anunciado que vão votar contra o documento.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

ACSS projeta que o SNS tenha mais 60 mil trabalhadores em 2030

 A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) estima que o SNS ultrapasse os 210 mil trabalhadores em 2030, mais 60.894 do que em 2023, e alerta que o atual modelo de prestação de cuidados “sobrecarrega” os profissionais.

Agnese Cattaneo sobre os desafios e o futuro do tratamento da epilepsia

A iniciativa Headway aborda questões importantes na saúde cerebral e mental em toda a Europa. Lançada em 2017 pela The European House – Ambrosetti (TEHA), um Think Tank italiano, em parceria com a Angelini Pharma, parte da Angelini Industries de propriedade privada, a iniciativa tem como objetivo criar uma plataforma multidisciplinar para reflexão estratégica, análise, diálogo e comparação entre várias experiências europeias na gestão de indivíduos afetados por perturbações mentais.

MAIS LIDAS

Share This