Por 158 contra 106 votos, o Senado decidiu prorrogar o “passe sanitário” apenas até 28 de fevereiro, revisando um projeto-lei aprovado pelos deputados em 21 de outubro.
“Três meses e meio é bom, oito meses e meio é de mais”, disse o senador conservador Philippe Bas.
Por seu turno, a centrista Nathalie Goulet examinou a data de 28 de fevereiro como “razoável”, recusando-se a “jogar à roleta russa” ou dar “plenos poderes” a um novo presidente ainda não eleito.
Deputados e senadores vão tentar chegar a um acordo na próxima semana sobre uma versão comum. Em caso de fracasso, a Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento, terá a última palavra.
O “passe sanitário” francês contra a Covid-19 restringe o acesso a muito lugares públicos, como bares, cafés, cinemas ou transportes de longo curso, e é emitido para pessoas que estão totalmente vacinadas ou que apresentem teste negativo recente.
Desde 09 de agosto, este passe condiciona o acesso a vários espaços sociais, como bares e restaurantes. No dia 30 do mesmo mês, também foi imposto a 1,8 milhões de funcionários com contacto direto com o público.
Recusando-se a dar um “cheque em branco” ao governo, os senadores reduziram o prazo de validade do “passe sanitário” de 31 de julho para 28 de fevereiro, data da suspensão dos trabalhos parlamentares antes das eleições presidenciais e legislativas na primavera do próximo ano.
Como em todo o continente europeu, a pandemia da Covid-19 está a ganhar força em França com início do outono.
O porta-voz do governo, Gabriel Attal, confirmou na quarta-feira “uma recuperação leve, mas sensível”, com 5.400 casos de infetados detetados por dia em média, estimando que a França pode esperar por “inverno relativamente sereno” graças à taxa de vacinação de cerca de 80%.
LUSA/HN
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