A análise seguiu 903 pacientes adultos durante meio ano, tendo a equipa de investigação descoberto que uma dose de 300 miligramas de AZD7442 reduziu o risco de desenvolvimento de covid-19 sintomático em 83% em comparação com o tratamento com placebo.
Os peritos não detetaram casos de morte grave por covid-19 ou vírus em doentes tratados com AZD7442 durante uma análise primária ou a análise mais recente de seis meses.
Em declarações na conferência, Hugh Montgomery, professor de medicina interna no University College London e investigador principal nos ensaios, disse estar “muito entusiasmado” com os resultados que “mostram que este tratamento baseado em anticorpos funciona bem e que o seu impacto se mantém ao longo dos seis meses” do ensaio. “A boa notícia é que também evita doenças graves ou morte”, acrescentou.
Um ensaio separado mostrou uma redução paralela de 88% no risco de doença grave ou óbito no prazo de três dias após o tratamento.
Nas pessoas com covid-19 ligeira a moderada, verificou-se que uma dose de 600 miligramas de AZD7442 administrada nos primeiros três dias desde o início dos sintomas reduziu o risco de desenvolver doença grave ou morte em 88% em comparação com os pacientes nas mesmas condições a quem foi administrado um placebo. Os peritos também descobriram que o AZD7442 era “geralmente bem tolerado” pelos doentes.
Hugh Montgomery sublinhou que os resultados desta combinação de anticorpos “darão aos doentes mais vulneráveis a proteção de que necessitam urgentemente para retomarem as suas vidas”.
Em ensaios clínicos, notou, “foram observados seis meses de proteção – apesar da variante Delta – entre os doentes de maior risco que podem não responder adequadamente à vacina” contra a infeção provocada pelo vírus SARS-CoV-2.
Por sua vez, Mene Pangalos, vice-presidente da AstraZeneca, frisou que o AZD7442 é o único anticorpo de ação prolongada que demonstra “benefícios tanto para a profilaxia pré-exposição como para o tratamento covid-19 em dose única”.
LUSA/HN
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