Macau aprova vacina chinesa Sinopharm para maiores de três anos

22 de Novembro 2021

O Governo de Macau aprovou esta segunda-feira a vacinação para maiores de três anos com a vacina inativada do laboratório chinês Sinopharm.

“A vacina inativada é aplicável às pessoas com idade igual ou superior a três anos e inferior a 60 anos e às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos com boas condições de saúde e maior risco de exposição”, de acordo com um comunicado sobre a medida que entra em vigor na terça-feira, divulgado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.

Por outro lado, a vacina contra a Covid-19 da BioNTech, baseada no RNA mensageiro (mRNA), continua apenas aplicável a maiores de 12 anos.

Na sexta-feira, as autoridades indicaram que a taxa de vacinação no território atingiu os 70%, uma percentagem que inclui pessoas inoculadas com a primeira e segunda dose, mas que “continua baixa” entre os idosos.

Macau tem cerca de 682 mil habitantes. Destes, até sexta-feira, 477.861 foram vacinados e 405.744 inoculados com as duas doses.

O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou que a taxa de vacinação mais baixa verifica-se a partir dos 60 anos: 57,8% entre os 60 e os 69 anos, 37,1% entre os 79 e os 79 anos e 12,2% para o grupo de pessoas com idade igual ou superior a 80 anos.

As maiores taxas de vacinação concentram-se entre os 20 e 29 anos (91,4%), entre os 30 e os 39 anos (94%) e entre 40 e 49 anos (97,8%).

Em comunicado, as autoridades aproveitaram para reiterar o apelo à população mais idosa para se vacinar, lembrando que “os estudos evidenciam que o risco de ocorrência de doença grave e até mortal”, nesse grupo etário, “após a infeção por covid-19 é 100 vezes maior do que o normal”. E que “os idosos que não foram vacinados apresentam um risco de infeção grave e de morte nove vezes maior do que os idosos que foram vacinados”.

Macau registou apenas 77 casos desde o início da pandemia e, à exceção da China, o território continua a manter fortes restrições fronteiriças e exige quarentenas à entrada que podem durar 35 dias.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.321 pessoas e foram contabilizados 1.122.283 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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