“É muito importante para nós, ao mesmo tempo que vacinamos a nossa gente, ter um programa de cooperação com os países de língua portuguesa, especialmente os de África e Timor-Leste, um programa de doação de vacinas. Neste momento já doámos dois milhões de vacinas e o nosso propósito é chegar aos seis milhões”, declarou o chefe da diplomacia portuguesa, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, em entrevista à ONU News.
Santos Silva sublinhou que a vacinação “é um esforço” que cabe a todos.
“Uma coisa é certa: enquanto houver região do mundo em que a vacinação não esteja generalizada, nenhuma outra região do mundo pode dizer que está segura”, salientou, depois de referir que Portugal é uma exceção a nível mundial.
“Portugal é dos países do mundo com maior nível de vacinação. A nossa população adulta está praticamente toda vacinada. Nós já estamos a vacinar os mais velhos com a terceira dose. Desse ponto de vista somos uma exceção, a maioria do mundo não está neste estágio”, comentou.
Neste esforço global, o governante português convidou os restantes membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a colaborarem na doação de vacinas contra a covid-19.
Sobre as atuais restrições aplicadas à entrada em Portugal – nomeadamente a obrigatoriedade de apresentar teste à covid-19 negativo, mesmo para os vacinados -, introduzidas para conter a propagação da Ómicron, a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2, Santos Silva pediu “paciência” e “compreensão”.
“Tivemos que pedir às pessoas um sacrifício mais”, disse, explicando que as medidas irão manter-se enquanto as autoridades de saúde tentam entender os efeitos desta nova variante.
A covid-19 provocou pelo menos 5.261.473 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,80 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.572 pessoas e foram contabilizados 1.172.420 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
LUSA/HN
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