Greve de médicos da urgência do Hospital de São Tomé e Príncipe suspensa

21 de Dezembro 2021

A paralisação dos profissionais de saúde do banco de urgência do Hospital de São Tomé e Príncipe foi esta segunda-feira suspensa, após o Governo garantir a climatização e a segurança nas instalações.

A paralisação durou uma semana, com os serviços a serem transferidos para uma instalação provisória, onde, segundo os médicos, “não está estruturalmente concebida para atender na modalidade de urgência”.

“Neste momento já houve esta melhoria razoável e retomamos o trabalho em pleno”, afirmou a presidente do Sindicato dos Médicos de São Tomé e Príncipe, Benvinda Vera Cruz, recordando que “apesar da paralisação” sempre foram atendidos “os casos graves”.

Segundo a médica, foram resolvidos “o problema de climatização, o exaustor, melhoraram o teto, a porta” e pintaram o interior do edifício.

“Não está 100%, mas dá para trabalhar”, afirmou.

Vera Cruz referiu que ainda há “várias reivindicações pendentes” que “o governo pediu um tempo para cumprir” e que o sindicato vai acompanhar porque “ainda estão dentro do prazo”.

“Nós só clamamos melhorias para os profissionais de saúde bem como para os utentes,” disse.

Com a conclusão das intervenções do Banco de Urgência e o levantamento da paralisação, os pacientes começaram a ser transferidos para as instalações habituais.

Na terça-feira, o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus deverá visitar as instalações hospitalares da urgência para verificar a situações dos serviços.

LUSA/HN

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