Mais de duas semanas após o ataque cibernético aos sistemas do Ministério da Saúde para recolha e armazenamento de dados sobre a Covid-19, o país sul-americano continua a registar, de forma incompleta, os casos de mortes e infeções pelo novo coronavírus.
Ontem, nove dos 27 Estados do país deixaram de introduzir dados, na sua maioria devido aos obstáculos ao registo de casos no sistema, segundo o relatório mais recente do Conselho Nacional de Secretariados da Saúde (Conass).
De acordo com o relatório, das nove regiões que não enviaram ontem informações, só Brasília não o fez porque era feriado, uma decisão que tinha tomado muito antes do ataque cibernético.
Com exceção dos inconvenientes causados pelo ataque, é habitual que o número de mortos e positivos no Brasil caia drasticamente nos fins de semana, devido à falta de pessoal nos secretariados de saúde para manter registos nesses dias.
De acordo com o relatório oficial, o Brasil acumulou 618.448 mortos desde que a pandemia chegou ao país, em fevereiro de 2020, enquanto que o número total de casos já é de 22.239.436 casos confirmados, depois de 4.810 novos casos positivos terem sido ontem comunicados.
Apesar das dificuldades atuais, o número de mortes e infeções caiu drasticamente desde junho, e está muito longe dos registos de mais de 4.000 mortes por dia ou das mais de 77.000 infeções que o país relatou num único dia, em maio deste ano, quando a pandemia estava no seu pico mais alto.
A queda nos números tem sido atribuída ao progresso na campanha de vacinação. Até à data, 67% dos 213 milhões de habitantes do Brasil estão totalmente vacinados.
LUSA/HN
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