Redução de isolamento para sete dias equilibra confinamento seguro e retorno à vida normal

31 de Dezembro 2021

A redução do período de isolamento para sete dias dos infetados com SARS-CoV-2 assintomáticos e dos contactos de risco permitirá “o equilíbrio” entre o confinamento seguro e o retorno mais precoce à vida normal, segundo a diretora-geral da Saúde.

Em declarações à agência Lusa, Graça Freitas explicou que a decisão de reduzir de 10 para sete dias o período de isolamento nestas duas situações foi tomada por um grupo de especialistas tendo em conta a variante Ómicron, que tem características diferentes das outras variantes, sobretudo, disse, “se a compararmos com a que estava dominante até há pouco tempo que era a Delta”.

A diretora-geral da Saúde adiantou que “tudo indica” que a Ómicron terá “um período de incubação da doença mais curto” e um período transmissibilidade também “mais curto”.

“Portanto, isso permite-nos este equilíbrio entre o isolamento seguro e a libertação mais precoce das pessoas para fazerem a sua vida laboral e social e de relação normal”, salientou.

Graça Freitas explicou que foi desse equilíbrio que se decidiu estabelecer um novo prazo do período de isolamento que só se aplica em duas circunstâncias: “Contactos de alto risco que não estejam com a vacinação de reforço feita” e “pessoas que estão infetadas, mas sem sintomas”.

Avançou ainda que vai ser agora alterado o critério que constava da norma 004/2020 da DGS, que estabelece os procedimentos a adotar na abordagem ao doente com suspeita ou infeção pelo novo coronavírus, de que eram consideradas contacto de alto risco as pessoas com as duas doses de vacina que coabitassem com um doente covid-19.

Agora, as pessoas que tenham a terceira dose da vacina deixam de ser contacto de alto risco e ter a vida normal, apesar de terem uma pessoa doente em casa.

No entanto, salientou Graça Freitas, “essas pessoas ficam responsáveis por monitorizar o eventual aparecimento de sintomas”, e nesse caso devem ligar para a Linha SNS24, e “ter precauções em relação a terceiros”.

Advertiu ainda que, apesar de não ficarem em isolamento, o risco de poderem estar infetados e depois poderem transmitir “não é zero”, apelando por isso “a que mantenham precauções em relação a terceiros”.

Segundo Graça Freitas, o período de isolamento começa a contar na data em que foi feita a colheita da amostra biológica através de um teste. Em relação aos contactos, conta a data em que ocorreu o último contacto da pessoa infetada com o seu coabitante, explicou.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Secretária de Estado visita ULS Coimbra e valida plano de inverno

A Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, visitou hoje a ULS de Coimbra, onde conheceu as obras de requalificação da urgência e o plano de contingência para o inverno 2024/2025, que já apresenta resultados positivos na redução de afluência

Violência doméstica: Cova da Beira apoiou 334 vítimas

O Gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica e de Género da Cova da Beira acompanhou, este ano, 233 casos de adultos na Covilhã, Fundão e Belmonte, e 101 crianças e jovens, num total de 334 pessoas.

MAIS LIDAS

Share This