ASAE passa a fiscalizar regras de fabrico e rotulagem de cervejas

4 de Janeiro 2022

A ASAE vai passar a fiscalizar as regras de produção, denominação, comercialização e rotulagem de cervejas e a aplicar coimas e sanções em caso de contraordenações, de acordo com um decreto-lei esta terça-feira publicado em Diário da República.

“Compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), no âmbito das suas competências, a fiscalização do cumprimento das normas aprovadas ao abrigo do presente decreto-lei, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades”, lê-se no documento.

No início de dezembro, o Governo alterou o regime que estabelece as regras de produção, denominação, comercialização e rotulagem de cervejas, estabelecendo sanções e fiscalização aplicáveis a quem viole as normas em causa.

“Foi alterado o regime jurídico que estabelece as características e regras de produção, denominação legal e comercialização e regras de rotulagem de cervejas”, adequando-o ao regime jurídico das contraordenações económicas, lia-se no comunicado do Conselho de Ministros, divulgado na ocasião.

Com esta alteração são introduzidos regimes sancionatórios e de fiscalização, aplicáveis a quem viole as “normas que regem as atividades de fabrico, rotulagem e comercialização das cervejas”, agora publicados em Diário da República e com efeitos a partir de quarta-feira.

Assim, segundo o decreto-lei, constitui contraordenação económica grave “o fabrico ou a comercialização de produtos que não cumpram as normas técnicas relativas à definição, ingredientes e características das cervejas”, bem como a “comercialização de produtos cuja rotulagem não cumpra as normas técnicas relativas à rotulagem”.

A ASAE fica então responsável pela instrução dos respetivos processos de contraordenação, a quem devem ser remetidos os autos de notícia levantados por outras entidades.

Consoante a gravidade da contraordenação e a culpa do agente podem ser ainda aplicadas sanções acessórias, nomeadamente “a perda de objetos pertencentes ao agente” e a “suspensão da comercialização do produto”.

LUSA/HN

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