O número de casos positivos hoje notificados no país sul-americano é o maior desde 23 de julho último, quando foram registadas 108.730 infeções, segundo dados divulgados no último relatório do Conselho Nacional de Secretários de Saúde das 27 unidades federativas do Brasil.

Em 18 de setembro de 2021, foram reportados mais de 150.000 casos num único dia, mas esse número deveu-se a uma correção feita pelo Rio de Janeiro, que incluiu de uma só vez mais de 92.000 casos não notificados desde 2020.

Assim, o Brasil já acumula 22.450.222 casos confirmados desde que a pandemia de covid-19 atingiu o país em fevereiro de 2020.

Os dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde indicam um aumento de 615,5% no número de casos em relação a sexta-feira da semana passada, quando o país se despediu de 2021 com 10.282 diagnósticos do novo coronavírus.

Os números mostram um aumento acelerado dos casos positivos no país, marcado pela presença da Ómicron, a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2, que segundo especialistas é a que predomina em 92,6% dos casos analisados.

Uma das cidades mais afetadas pela nova estirpe é o Rio de Janeiro, onde as autoridades sanitárias confirmaram hoje que a Ómicron é responsável por 98% das infeções na cidade, mas sem casos graves.

O mesmo não acontece com o número de mortes cuja média tem-se mantido relativamente estável, entre os 94 e 110 óbitos por dia nas últimas semanas. O Brasil acumula agora 619.822 vítimas mortais após a notificação de 181 mortes nesta sexta-feira.

A tendência de aumento das infeções, mas a manutenção ou diminuição das mortes tem sido atribuída aos efeitos da vacinação, que no país atingiu mais de 67% dos seus 213 milhões de habitantes com o esquema completo.

Até ao momento, o Brasil concentra 359 casos confirmados pela nova variante, mais 708 em fase de análise e um óbito, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde.

Porém, os dados apenas englobam 13 das 27 unidades federativas do país, pelo que os números da nova variante poderão ser parciais, problema ao qual se soma o entrave informático para o registo de dados da pandemia no país, após um ataque cibernético no início de dezembro que causou um “apagão” no sistema.

O Brasil é o segundo país com mais mortes pelo novo vírus, atrás dos Estados Unidos, e o terceiro em número de positivos, atrás dos norte-americanos e da Índia.

A covid-19 provocou 5.470.916 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN