O responsável, Francisco Lopes Figueira, revelou à agência Lusa que, dos 140 utentes, 55 foram infetados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, o mesmo acontecendo a três dos 105 funcionários.
“Uma das utentes infetadas, que estava em fase terminal de doença prolongada, acabou por falecer hoje”, disse o provedor, indicando que os outros infetados “têm sintomas ligeiros ou nem sequer têm sintomas”.
O surto, explicou, foi detetado no sábado, quando “uma utente começou a ter febre” e foi testada, “verificando-se que estava positiva”.
A instituição promoveu uma testagem no lar e “surgiram mais 23 casos”, sendo detetados, “no dia seguinte, os restantes”.
“Todos os utentes e funcionários” da instituição “já têm a 3.ª dose da vacina”, destacou ainda Francisco Lopes Figueira, apontando que os idosos infetados representam “38% do universo” do lar.
Os infetados foram “separados dos que estão negativos” e estão a ser seguidas “todas as medidas adequadas no respeito pelos utentes”, frisou.
“Todos os procedimentos estão implementados para responder a esta situação e também não queremos sobrecarregar demasiado a pressão sobre os utentes, que já levam dois anos de limitações e confinamentos devido à pandemia” de covid-19, acrescentou.
A instituição está ainda a aguardar que a autoridade de Saúde Pública proceda a uma operação de testagem PCR no lar, mas tenciona realizar novos testes rápidos “aos utentes cujos resultados têm sido negativos”, afirmou.
“Prevê-se que as primeiras pessoas” detetadas como estando infetadas “terminem o confinamento este sábado”, mas “é provável que o número de casos ainda venha a aumentar”, referiu Lopes Figueira.
Contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde do Alentejo indicou que “a Saúde Pública está a acompanhar a situação”.
A covid-19 provocou 5.614.118 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.703 pessoas e foram contabilizados 2.377.818 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
LUSA/HN
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