“É natural que a pandemia e as condições climatéricas adversas possam criar dificuldades. O que eu exorto é que as pessoas, apesar das dificuldades, possam participar e vir votar combatendo por isso os níveis de abstenção elevados que noutras circunstâncias aconteceram”, declarou José Manuel Bolieiro aos jornalistas, após ter votado na junta de freguesia da Fajã de Baixo, em Ponta Delgada.
Nas eleições legislativas de 2019, o círculo eleitoral dos Açores registou a taxa de abstenção mais alta do país (63,50%).
O líder do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) apelou ao “dever de participação” dos cidadãos, considerando que os elevados níveis de abstenção “não dignificam a democracia”.
“O que eu exorto é que as pessoas exerçam a sua cidadania. É assim que o povo comanda em democracia, com a sua vontade soberana, com uma decisão pela participação e não pela abstenção”, afirmou.
Questionado sobre se a pandemia da covid-19 pode ter consequências na participação eleitoral, José Manuel Bolieiro apelou à “prudência”, mas salientou que “votar é seguro”.
“As pessoas devem ser prudentes e, por isso, todo o sistema foi feito e organizado com segurança. No entanto, com prudência própria, penso que devem assumir a disponibilidade de votar porque se pode votar em segurança e sem risco”, realçou.
E acrescentou: “Estamos convencidos de que estamos todos empenhados numa solução boa para o país e numa boa representação dos Açores num órgão como é a Assembleia da República”.
Os Açores elegem cinco deputados à Assembleia da República.
No total, são eleitos 230 deputados à Assembleia da República, de onde sairá o XXIII Governo Constitucional.
Em 2019, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 51,43%, comparando com os 8,3% nas eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975, ou os 16,4% das primeiras legislativas, em 1976.
Podem votar para as eleições antecipadas de hoje 10.820.337 eleitores, mais 9.808 do que nas anteriores legislativas, em 2019.
A legislatura atual, que terminaria apenas em 2023, foi interrompida depois do ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022 ter gerado uma crise política que levou à dissolução do parlamento e à convocação de eleições antecipadas.
LUSA/HN
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