“São boas notícias, estamos a encarar agora 2022 de forma mais otimista. Nós já achávamos que 2022 seria de facto o ano da retoma, claro que este alívio das restrições é mais um forte contributo para acreditarmos que vamos conseguir regressar em 2022 a números muito próximos do que tínhamos em 2019”, disse o presidente da entidade Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins.
Em declarações à Lusa, aquele responsável salientou que o aliviar das restrições, nomeadamente o fim da obrigatoriedade de teste negativo à Covid-19 na chegada a Portugal, vai contribuir para a perceção de segurança e para um aumento da procura do país como destino turístico.
“O facto de não termos a obrigatoriedade dos testes permitirá aqui uma perceção de maior segurança e, em boa verdade, a perceção geralmente manda”, afirmou.
Por outro lado, acrescentou, o aliviar das restrições vai permitir que se inicie uma retoma da atividade com mais “normalidade”, possibilitando aos empresários do setor do turismo começar a “planear a época alta que habitualmente se inicia na Páscoa de uma forma mais segura”, contribuindo também para a retoma da normalidade nos setores de alojamento, restauração, animação e turístico.
“Encaramos este futuro com otimismo, principalmente para as nossas empresas, mesmo sabendo que têm de trabalhar arduamente para recuperar em apenas um ano o que perderam em quase dois anos, mas estamos otimistas”, rematou.
A obrigatoriedade de teste negativo ao vírus SARS-CoV-2 para entrar em Portugal terminou às 00:00 de segunda-feira, bastando a apresentação de um certificado digital Covid-19 ou um comprovativo de vacinação reconhecido.
Após a decisão tomada em Conselho de Ministros na quinta-feira e publicada no domingo, terminou a medida que estava em vigor desde 01 de dezembro do ano passado e que impunha a todos os passageiros que chegassem a Portugal por via aérea a apresentação de um teste negativo ou de um certificado de recuperação.
Agora, para entrar no país, “passa a ser exigida apenas a apresentação do Certificado Digital covid da União Europeia nas suas três modalidades ou de outro comprovativo de vacinação devidamente reconhecido”, segundo o gabinete da ministra da Presidência.
O Conselho de Ministros aprovou também alterações relativas ao certificado digital covid e ajustamentos aos comprovativos de vacinação a apresentar para acesso a determinados estabelecimentos.
Agora, o certificado digital passa a exigir que os testes rápidos de antigénio sejam efetuados nas 24 horas anteriores, em vez do prazo de 48 horas, e no caso de um teste molecular de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN), o prazo é de 72 horas.
Em relação à vacinação, o certificado digital Covid-19 passa a atestar a conclusão da série de vacinação primária há mais de 14 dias e menos 270 dias desde a última dose, com uma vacina, ou a dose de reforço.
Já as regras em relação ao certificado de recuperação mantêm-se inalteradas.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.737.468 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.258 pessoas e foram contabilizados 2.932.990 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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