“Ando com vontade” o projeto que quer pôr as pessoas a caminhar e a contemplar a natureza

25 de Fevereiro 2022

O projeto “Ando com vontade” quer pôr as pessoas a caminhar, e de uma forma diferente, disponibilizando formação e conselhos, além da sugestão de trilhos, disse hoje à agência Lusa o seu responsável, Rodrigo Cerqueira.

“O primeiro objetivo básico é pôr as pessoas a caminhar. Depois, o segundo objetivo, e o mais alto, é o de que as pessoas possam caminhar de uma maneira diferente, sem ser só a ideia de caminhar por desporto, mas o caminhar como uma forma de contemplar a natureza, de se estar desligado da rotina diária e procurar outros caminhos alternativos e não os passadiços e os baloiços e aquelas rotas massificadas”, explicou Rodrigo Cerqueira.

Na opinião do responsável do “Ando com vontade”, a forma de caminhar que mais ocorre atualmente passa por “caminhadas pontuais”, em que pessoas “vão caminhar durante umas horas e regressam à sua casa”, após fazerem o exercício.

Rodrigo Cerqueira sustentou que “caminhar pode ser algo muito mais profundo e muito mais intenso, e as pessoas podem, em vez de caminhar só durante algumas horas, caminhar durante alguns dias e viver e caminhar no meio da natureza sem dependência de todas as coisas do dia-a-dia”.

“Ou seja, podemos levar a nossa vida às costas, literalmente, e podemos caminhar com uma outra perspetiva mais integrada na natureza”, declarou.

Referindo que “existem muitas outras alternativas que não estão transformadas para o turismo e que podem ser muito agradáveis em termos de experiências de caminhar”, Rodrigo Cerqueira exemplificou com as grandes rotas, como a Grande Rota do Zêzere, de 370 quilómetros.

“Para fazer uma rota destas não dá para fazer a contar com hotéis e albergues no caminho, temos de ir preparados para ir em autonomia. Para conseguir fazer isso, a ‘Ando com vontade’ ajuda quem quer caminhar a preparar-se para o fazer”, esclareceu.

Esta iniciativa, criada em junho de 2021 e que está disponível em www.andocom.pt, possibilita 12 cursos, como caminhada com crianças, preparar uma mochila, aprender a filtrar água ou como aprender a navegar com o GPS, além do como “caminhar em autonomia”, este com 12 módulos integrados.

Além de conselhos sobre equipamento, são também divulgados trilhos.

“A ideia é a de que as pessoas tenham recursos para poderem conhecer alternativas pelos campos”, disse, adiantando que recentemente foram lançados os ‘podcasts’, “feitos na natureza ao longo das caminhadas”.

“Foi mais um desafio pessoal, porque sou gago, disléxico e achei que era mais fácil chegar às pessoas através de um ‘podcast’”, comentou.

Presidente da extinta Associação dos Amigos dos Caminhos de Fátima, Rodrigo Cerqueira considerou que “a experiência de caminhar é uma experiência transformadora e, realmente, pode mudar a vida das pessoas, a maneira de as pessoas verem o mundo e estarem em paz com a natureza, e a entreajuda entre as pessoas”.

Segundo o ‘site’ www.andocom.pt, “Ando com vontade” é uma escola de caminhadas que prepara para o conhecimento do mundo a caminhar, de forma segura e ao ritmo de cada um.

“O método ‘Ando com vontade’ assenta na transmissão de conhecimento prático e real, feito por guias experientes, habituados a motivar e a resolver os desafios das longas caminhadas”, sendo que os cursos ou aulas “podem durar desde algumas horas até um ano”.

Além dos cursos, é disponibilizado no ‘site’, “informação de livre acesso sobre trilhos e equipamento de caminhadas”.

“A Natureza é a nossa sala de aula e a nossa casa”, lê-se ainda.

LUSA/HN

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