PIB da Alemanha cresce 2,9% em 2021, mais uma décima que o estimado em janeiro

25 de Fevereiro 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 2,9% em 2021, mais uma décima do que o anunciado inicialmente em janeiro, segundo dados revistos publicados hoje pela agência federal de estatística alemã, Destatis.

O crescimento de 2,9% em 2021 inclui uma revisão do PIB no último trimestre de 2021, que não caiu 0,7% em comparação com o terceiro trimestre, como inicialmente anunciado pela mesma fonte, mas 0,3% em números revistos.

“Após o regresso da produção económica ao crescimento no verão passado, apesar dos estrangulamentos nas entregas de encomendas e dos materiais, a recuperação da economia alemã foi travada pela quarta onda de covid-19 e pelo aperto das medidas de proteção para travar a pandemia no final do ano”, afirmou a Destatis.

Contudo, a análise dos dados permite proceder a uma revisão que dá um resultado mais positivo para o desenvolvimento do PIB em todo o ano passado do que o anunciado em 28 de janeiro.

Em comparação com o quarto trimestre de 2019, o trimestre anterior ao início da pandemia, a capacidade económica da Alemanha foi 1,1% inferior no último trimestre de 2021.

As restrições impostas para travar a pandemia na quarta vaga na Alemanha resultaram num abrandamento da despesa de consumo privado no quarto trimestre de 2021, que recuou 1,8% face ao terceiro trimestre.

A despesa pública atuou como fator de estabilização, aumentando 1%, e houve também um aumento de 0,9% do investimento em equipamento, especialmente em maquinaria, equipamento e veículos.

O comércio externo também aumentou no quarto trimestre. Em dados ajustados por calendário e preços, foram exportados 4,8% mais bens e serviços do que no trimestre anterior e as importações aumentaram 5,1% em resultado do aumento no setor dos serviços.

A última previsão do Governo alemão para 2022 aponta para um crescimento do PIB de 3,6%, menos meio ponto percentual do que a previsão do outono.

Esta revisão foi atribuída aos efeitos da pandemia, que o Governo acredita que continuará a fazer-se sentir nos próximos meses antes do início de uma recuperação em meados do ano.

LUSA/HN

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