Fonte da Proteção Civil timorense disse à Lusa que vários elementos estão nesta altura à procura da criança, “que terá cerca de dez anos”, tanto na zona do canal, como numa zona próxima de coleta de água.
Testemunhas explicaram à Lusa que o menino caiu no canal de drenagem e foi arrastado.
“Tentamos agarrar no miúdo, mas ele desapareceu nas águas que estavam muito fortes”, disse à Lusa uma testemunha do incidente.
A chuva intensa que caiu a meio da tarde causou inundações em vários locais da cidade, incluindo nas zonas de Metiaut, Caicoli e Colmera, com água a entrar no Tribunal Distrital de Díli e em várias lojas no centro da capital.
Construção desenfreada, sem qualquer plano de urbanização, uma quase inexistente intervenção das autoridades, lixo e lama acumulada em ribeiras e derrocadas de lama em zonas de maior elevação estão a causar problemas regulares na cidade.
Há várias zonas com buracos nas estradas, com áreas de drenagem sujas, entupidas ou tapadas e praticamente não há escoamento em locais mais urbanizados, o que, sempre que chove, deixa vários pontos da cidade alagados.
Recorde-se que Díli viveu em abril do ano passado as maiores cheias em décadas, causando dezenas de milhares de desalojados, dezenas de mortos e danos a várias infraestruturas públicas e privadas, muitas das quais continuam, um ano depois, por arranjar.
Morosos processos de aprovisionamento, poucos meios de reação rápida e carências nas estruturas da proteção agravam a situação.
O impacto da pandemia levou muitos trabalhadores a perder o emprego, pelo que o ‘desenrasca’ se tornou comum, com construções ilegais de pequenos negócios a agravarem os problemas na cidade.
LUSA/HN
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