Casos de hepatite aguda registados em crianças de quatro países da UE

19 de Abril 2022

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) informou hoje terem sido registados casos de hepatite aguda de origem desconhecida em crianças na Dinamarca, Irlanda, Países Baixos e Espanha, únicos casos até agora na União Europeia (UE).

“Na sequência dos relatórios de casos de hepatite aguda de origem desconhecida da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido, foram comunicados casos adicionais em crianças na Dinamarca, Irlanda, Países Baixos e Espanha”, indicou o ECDC, num comunicado hoje divulgado.

De acordo com a agência europeia sanitária, fora da UE, foram ainda “notificados nove casos de hepatite aguda em crianças entre 1 e 6 anos no estado do Alabama, nos Estados Unidos, que também tiveram resultados positivos no teste de adenovírus”.

Explicando estarem em curso investigações em todos os países que relataram casos, o ECDC aponta que a “causa exata da hepatite nestas crianças continua a ser desconhecida”.

“A equipa do Reino Unido, onde a maioria dos casos ocorreu até à data, considera que uma causa infecciosa se baseia muito provavelmente nas características clínicas e epidemiológicas dos casos em investigação”, assinala.

O centro europeu está, por isso, a trabalhar com outros organismos sanitários destes países, bem como com a Organização Mundial de Saúde e outros parceiros para apoiar as investigações em curso.

Sem indicar o número total de casos de hepatite aguda de origem desconhecida registados em crianças na UE, o ECDC adianta que, no caso do Reino Unido, foram verificados dezenas de situações até agora na Escócia, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, com a maioria destes casos com idades entre os 2 e os 5 anos.

Certo é que, no Reino Unido, as investigações laboratoriais dos casos já realizadas “excluem as hepatites virais dos tipos A, B, C, D e E em todos os casos e, dos 13 casos comunicados pela Escócia para os quais existe informação detalhada sobre os testes, três foram positivos para a infeção pelo SARS-CoV-2 [que causa a covid-19], cinco negativos e dois foram documentados como tendo tido uma infeção nos três meses anteriores à apresentação”, conclui o centro europeu.

LUSA/HN

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