“Nos últimos dias, temos visto sinais preocupantes de um aumento do nível de infeções”, disse o ministro da Saúde, Joe Phaahla, citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
De acordo com o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD), foram notificados 4.631 casos de infeção nas últimas 24 horas, e no dia anterior tinham sido registados 4.406 novos casos.
Os números revelados hoje mostram um aumento de quase 1.300 casos face à média comunicada na semana passada.
Mais de metade dos novos casos na sexta-feira foi registado na província de Gauteng, a mais populosa, que inclui Joanesburgo, enquanto a província de KwaZulu-Natal, atingida por inundações nas últimas semanas, registou o segundo maior número de novas infeções.
No início de março, o país tinha estado 48 horas sem uma única morte relacionada com a covid-19, tendo sido a primeira vez que isto aconteceu desde 2020.
A África do Sul, com uma população de quase 57 milhões de habitantes, é o país africano mais oficialmente afetado pelo vírus, com mais de 3,7 milhões de casos e mais de 100.200 mortes.
No total, desde o início da pandemia de covid-19, já houve 11,3 milhões de infeções, que resultaram em 251 mil mortes no continente, disse esta semana o diretor do Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC), John Nkengasong, acrescentando que a tendência da última semana, de 11 a 18 de abril, mostra um acréscimo de 16.500 novos casos, que representa uma diminuição de 21% face aos números da semana anterior.
“Os países com mais novos casos neste período foram a África do Sul, com mais 9 mil infeções, seguida do Egito, Tunísia, Seicheles e Zâmbia”, apontou o responsável.
Já relativamente ao número de mortes, o panorama é ainda mais positivo, havendo uma queda de 55% no número de óbitos, que desceram de 323 para 144 óbitos entre 11 e 18 de abril, em comparação com os sete dias anteriores.
A média das últimas quatro semanas mostra também um abrandamento dos contágios, que desceram 7%, o mesmo acontecendo com o número de óbitos, que caiu 8%.
A doença covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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