Seguindo o lema “Todos pela Saúde” e contando com 1300 enfermeiros inscritos, o congresso, que se realiza entre hoje a 7 de maio, é até à data a edição com o maior número de participantes de sempre, refere a Ordem dos Enfermeiros em comunicado.
Para a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, o encontro é um momento importante para o debate e reflexão dos problemas estruturais que se vão arrastando ao longo dos anos na área da saúde, como a pouca valorização da carreira.
“Nós formamos aquilo que precisamos, mas depois não temos valorização suficiente e não estamos a falar só de dinheiro para os reter aqui em Portugal”, disse a bastonária à Lusa, na véspera do congresso, alertando para questões como a reposição dos pontos e a idade da reforma.
Para além de palestras sobre temas como o envelhecimento da população, a reabilitação do sistema de saúde nacional e lusófono ou os desafios futuros na área da enfermagem, no congresso serão apresentadas as conclusões do estudo “Condições de vida e de trabalho dos Enfermeiros”.
Realizado por um consórcio entre a Universidade Nova, o Instituto Superior Técnico e o Observatório para as Condições de Vida e Trabalho, o estudo aborda temas como o índice de “burnout” (esgotamento psicológico) dos profissionais portugueses e será apresentado no segundo dia do congresso pela historiadora e professora Raquel Varela.
“Vamos discutir financiamento e modelos de gestão, carreiras e remunerações, condições de trabalho e perspetivas de futuro, ou a ausência delas. Vamos trazer para o debate as conquistas e os erros do passado, mas, sobretudo, projetar aquilo que queremos que seja o amanhã”, acrescentou a bastonária.
O congresso arranca às 17:30 e entre os convidados está o atual chefe do Estado-Maior da Armada, o almirante Henrique Gouveia e Melo, que liderou a ‘task-force’ para a vacinação contra a covid-19 e que homenageará o contributo dos profissionais de enfermagem.
LUSA/HN
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