Em comunicado, a administração do CHMT, que abarca as unidades hospitalar de Abrantes, Tomar e Torres Novas, no distrito de Santarém, dá conta de que, “durante este período de contingência”, o Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia, cuja maternidade está situada em Abrantes, “não receberá doentes urgentes”, tendo sido solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) o desvio de utentes grávidas da região do Médio Tejo para outras instituições do Serviço de Nacional de Saúde (SNS).
Durante estas 24 horas, acrescenta, o serviço “será assegurado por uma equipa de profissionais de saúde, constituída por um médico obstetra, três enfermeiros especialistas, entre outros elementos (como assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica), contando também com o apoio da Cirurgia Geral e da Anestesiologia, que prestarão cuidados de saúde circunscritos a situações de risco de vida iminente”.
No âmbito desta contingência, refere o CHMT, “as grávidas e utentes com patologia ginecológica emergente que, apesar desta comunicação, se desloquem ao CHMT, serão avaliadas pelo profissional médico escalado e, se a sua condição de saúde o exigir, serão transferidas preferencialmente para o Hospital Distrital de Santarém [a cerca de 70 quilómetros de distância] num transporte assegurado pelo CHMT, com o acompanhamento de um enfermeiro especialista da instituição”.
Mais acrescenta que “as situações de emergência inadiável – que incluem, por exemplo, a realização de uma cesariana de emergência, ou outra condição de risco de vida iminente, como um parto prematuro, ou uma hemorragia pós-parto – serão asseguradas pela equipa de profissionais do CHMT que se encontra de serviço durante as 24 horas” do período de contingência.
Esta articulação, pode ler-se, “foi previamente coordenada entre diversos Hospitais da região e faz parte da gestão cabal das urgências hospitalares no período de contingência atualmente vivido nesta área da Ginecologia-Obstetrícia”, tendo o plano de contingência do CHMT sido estabelecido na primeira quinzena de junho, com o objetivo de “garantir a segurança das utentes grávidas”.
O plano de contingência prevê um “funcionamento solidário em rede entre os Hospitais do CHMT, Hospital Distrital de Santarém, Centro Hospitalar do Oeste e Hospital de Vila Franca de Xira”, todos situados da região de Lisboa e Vale do Tejo.
Esta é a segunda vez que o CHMT aciona o plano de contingência no espaço de duas semanas no serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia, a primeira das quais devido a “doença súbita de dois profissionais” e a agora anunciada “devido às férias de profissionais e impossibilidade de contratar prestadores de serviços para preencher as escalas de serviço”.
Na nota informativa, o CHMT avança ainda que é “expectável que venha a ocorrer uma nova situação de contingência no próximo dia 13 de julho, limitado a um condicionamento de apenas de 12 horas, entre as 21:00 de quarta-feira e as 09:00 de quinta-feira, 14 de julho”, e no qual o atendimento do Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT se processará em idênticos moldes.
LUSA/HN
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