Urgências pediátricas ou obstétricas encerradas em Faro, Caldas da Rainha e Almada

14 de Agosto 2022

As urgências pediátricas de Faro e Caldas da Rainha estão encerradas este fim de semana, assim como as urgências obstétricas do Hospital Garcia de Orta, onde até as urgências gerais estão limitadas, disse à Lusa fonte sindical.

Segundo o presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, a falta de médicos provocou o encerramento das urgências pediátricas do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Oeste este fim de semana.

A urgência obstétrica e ginecológica do Hospital Garcia de Orta não recebe grávidas este fim de semana e até a urgência geral deste hospital está hoje a sofrer constrangimentos, estando o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a enviar doentes para outras unidades, acrescentou Roque da Cunha.

O sindicalista destacou ainda o caso da urgência obstétrica do Hospital de Portalegre, onde disse haver uma médica que este fim de semana assegura 48 horas seguidas de urgência.

“É uma total irresponsabilidade”, disse o clínico, sublinhando que “uma médica 48 horas seguidas a trabalhar não pode constituir uma escala”.

Segundo o portal do Serviço Nacional de Saúde, o bloco de partos e a urgência obstétrica e ginecológica do Hospital Garcia de Orta só funcionam hoje entre as 08:00 e as 00:00, depois de no sábado terem estado encerrados a partir das 08:00.

Há ainda limitações no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, cuja urgência obstétrica só funcionou entre as 00:00 e as 08:00, e no Hospital Sousa Martins, na Guarda, que só tem urgência obstétrica das 00:00 às 09:00.

O portal prevê ainda que na segunda-feira o Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, tenha o bloco de partos fechado entre as 09:00 e as 21:00.

O presidente do SIM tem alertado que o problema do fecho de serviços de urgências vai agravar-se até ao final do ano, apelando ao Governo para acelerar o processo negocial com os sindicatos para mitigar a situação.

“Este ano está previsto que se reformem cerca de 500 médicos hospitalares e cerca de 400 médicos de família, portanto, sem o Ministério da Saúde encarar esse assunto de uma forma séria dificilmente isto é ultrapassado”, disse hoje à Lusa.

Roque da Cunha disse que após uma maratona negocial de sete horas no dia 26 de julho o SIM acertou uma proposta de protocolo de negociação, mas até agora o Ministério da Saúde não fez chegar ao sindicato a sua concordância com o plano e não há por isso data para iniciar a negociação.

O responsável acredita que, se houver acordo entre as partes no processo negocial, é possível travar a saída de médicos e atrair outros, mas lamentou “a lentidão” do Governo nas negociações.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Abertas candidaturas para o Prémio Grünenthal Dor 2023

A Fundação Grünenthal premeia anualmente trabalhos de investigação clínica ou básica, a quem atribui um prémio no valor de 7500 euros. O período de apresentação de candidaturas decorrerá até 30 de maio de 2024.

ULSVDL adota solução inovadora para gestão e rastreabilidade do instrumental cirúrgico

No âmbito da candidatura ao Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) “DIR@2020 – Desmaterializar, Integrar e Robotizar”, a Unidade de Reprocessamento de Dispositivos Médicos (URDM) da Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões (ULSVDL) deu um passo importante para otimizar os seus processos, ao implementar uma solução de gestão e rastreabilidade do instrumental cirúrgico

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights