Contactado pela agência Lusa, a propósito da pergunta que o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) colocou ao Ministério da Saúde sobre a falta daquele serviço no centro de saúde de Arcos de Valdevez, Franklim Ramos, adiantou que os exames estão a ser feitos, “mesmo ao lado, na Santa Casa da Misericórdia daquele concelho do Alto Minho”.
“Está garantida, convenientemente, a realização dos exames, numa estrutura convencionada, com todo o conforto para os utentes, situada mesmo ao lado do centro de saúde. Foi ainda instalado um sistema informático de integração para que o centro de saúde possa aceder aos dados dos exames efetuados”, especificou.
O responsável adiantou ter sido estabelecida uma convenção com o hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez para garantir aquele exame à população, enquanto decorre a avaliação dos custos para a reparação do aparelho, com mais de 15 anos.
“É preciso perceber se é possível, encontrar peças e outros equipamentos, para recuperar um equipamento com tantos anos, disse Franklim Ramos.
Segundo o responsável, em Arcos de Valdevez, “por dia, são feitos entre cinco e dez exames de raio-x”.
O presidente do conselho de administração da ULSAM acrescentou que “para a aquisição de um novo equipamento de radiologia, num valor estimado em 120 mil euros, será necessário ponderar o custo/beneficio desse investimento”.
A ULSAM gere os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo e, o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente de 231.488 habitantes nos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Numa pergunta dirigida, na quarta-feira, ao Ministério da Saúde a que a agência Lusa teve hoje acesso, o BE realça que “a unidade de cuidados de saúde está a deparar-se com algumas dificuldades no que concerne ao serviço de radiologia”.
“De acordo com denúncias que têm chegado ao nosso grupo parlamentar por utentes, o equipamento de raio-x está avariado desde os finais de 2020, causando transtorno à população local. Os utentes que necessitem de recorrer a este serviço têm de se deslocar aos serviços privados existentes no concelho ou deslocarem-se a Viana do Castelo ou a Ponte de Lima”, sustenta o grupo parlamentar.
Na pergunta enviada ao Ministério da Saúde, o BE refere que o centro de saúde de Arcos de Valdevez, que integra a ULSAM, “é dotado de unidades de saúde familiar, de unidade de cuidados de saúde personalizados, unidade de cuidados na comunidade e de unidade de serviços e apoio geral, dando resposta a uma população que ascende às 20 mil pessoas residentes no concelho de Arcos de Valdevez”.
“Esta situação é altamente penalizadora dos utentes que se veem impedidos de aceder aos cuidados de saúde de proximidade de que necessitam e aos quais têm direito, e que estão privados há mais de ano e meio e apesar das promessas de resolução rápida”, sustenta o BE.
Para o Bloco de Esquerda, “é fundamental que sejam tomadas medidas para reparar esta situação, rapidamente”.
O partido questiona ainda o Ministério da Saúde sobre as medidas que estão a ser desencadeadas para assegurar a celeridade da aquisição ou reparação do raio-x e sobre a razão do “atraso significativo” por parte da ULSAM na “resolução do problema”, anunciada para junho de 2021.
LUSA/HN
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