“Não confirmaram, não desmarcaram nem adiaram. Uma reunião que deveria ser conclusiva sobre o processo de negociações, iniciado em maio, com vista à resolução das injustiças de que os enfermeiros têm sido vítimas, ao longo dos anos, na atribuição de pontos que permitem progressões de carreira”, adianta o Sindepor num comunicado.
No texto intitulado “Manuel Pizarro começa mal”, em referência ao novo ministro da Saúde, o sindicato diz que “a desconsideração e a falta de respeito do Ministério da Saúde atinge, antes de mais, todos os enfermeiros que trabalham no SNS, mas também os sindicatos que já se reuniram seis vezes, primeiro com a ministra Marta Temido e os secretários de Estado Lacerda Sales e Maria de Fátima Fonseca, tendo decorrido as cinco reuniões seguintes com esta última governante”.
“Não aceitamos que o trabalho em que nos empenhámos ao máximo possa ser em vão. Mas desde já registamos que os anteriores governantes do Ministério da Saúde saem mal e o novo ministro começa também mal”, alerta.
“Numa matéria da mais elevada importância, o Ministério da Saúde, agora liderado por Manuel Pizarro, não tem qualquer palavra para com os enfermeiros. O Sindepor espera que o novo governante possa corrigir esta postura o mais depressa possível e concluir este processo, de acordo com os compromissos assumidos”, acrescenta.
O Sindepor lembra ainda que os enfermeiros não toleram “uma repetição do que aconteceu em 2019, quando a negociação de um Acordo Coletivo de Trabalho foi por água abaixo”, referindo que “se o impensável acontecer” – se o processo não for concluído – irá “recorrer a todas as formas de possíveis de luta para reivindicar o que é dos enfermeiros por direito”.
“(…) A resolução dos problemas dos pontos dos enfermeiros faz parte do programa deste Governo. (…) Cabe ao ministro Manuel Pizarro executá-lo, tendo em conta a forma de funcionamento do Executivo, que o primeiro-ministro António Costa explicou recentemente em entrevista”, sublinha.
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