“Em 2022, o INEM licenciou 584 novos programas de Desfibrilhação Automática Externa (DAE), os quais abrangem 618 equipamentos de DAE e 1.847 operacionais devidamente certificados para a sua utilização”, adiantou o instituto em comunicado.
De acordo com a entidade que assegura a emergência médica pré-hospitalar em Portugal continental, estes novos licenciamentos representam um “incremento da capacidade de resposta da sociedade” a eventuais casos de paragem cardiorrespiratória em locais públicos, bem como do acesso da população a estes equipamentos.
Segundo avançou, existem atualmente 2.423 programas licenciados pelo INEM, que abrangem 3.891 espaços de acesso público, 3.961 desfibrilhadores e 21.754 pessoas certificadas para os utilizar.
Um programa de DAE licenciado inclui toda a estrutura de suporte à utilização dos equipamentos por operacionais não médicos nas instalações ou veículos detidos pela entidade promotora do programa.
Antes de os desfibrilhadores poderem ser instalados e utilizados, os programas devem ser licenciados pelo INEM, a quem cabe a coordenação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (PNDAE), para garantir que cada ato de DAE é realizado por um operador treinado e certificado.
Além desses programas destinados a locais públicos, Portugal conta ainda com mais 1.656 equipamentos DAE nas viaturas do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) – meios do INEM dos e bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa -, e 10.404 operacionais aptos para a sua utilização.
Desde 2012 que é obrigatória a instalação de equipamentos de DAE em locais de acesso público que cumpram determinados requisitos, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão relevante, aeroportos e portos comerciais, estações ferroviárias, de metro e de camionagem com fluxo médio diário superior a 10 mil passageiros e recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação superior a cinco mil pessoas.
De acordo com o INEM, a morte súbita no adulto, na maioria das situações, é causada por uma arritmia cardíaca que impede o coração de bombear o sangue e o tratamento eficaz é a desfibrilhação elétrica, que consiste na administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal.
“Nestas situações, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre o início da arritmia e a aplicação do choque elétrico (desfibrilhação), sobretudo se tiverem sido iniciadas imediatamente manobras de Suporte Básico de Vida”, adiantou.
LUSA/HN
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