OMS anuncia que continente americano registou 90% dos casos Monkeypox na última semana

13 de Outubro 2022

Cerca de 90% dos casos de infeção pelo vírus Monkeypox registados na última semana ocorreram no continente americano, revelou esta quarta-feira o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A nível global, os casos notificados foram mais de setenta mil, entre os quais se registaram 26 mortes.

Um primeiro surto desta doença em países não endémicos foi detetado em maio na Europa, em países como Portugal e Espanha, mas desde então o vírus espalhou-se para outras regiões, principalmente na América Latina e nos Estados Unidos.

O grupo de maior risco sãos homens que fazem sexo com homens, mas em geral qualquer pessoa pode ser infetada com varíola, que se espalha pelo contacto com lesões ou fluidos de uma pessoa infetada ou com objetos contaminados.

Nas últimas semanas, o declínio dos casos globais tem sido contínuo, embora na última semana 21 países tenham relatado um aumento, principalmente no continente americano, que registou 90% dos casos nos últimos sete dias, segundo a OMS.

“Mais uma vez, alertamos que um surto em declínio pode ser o surto mais perigoso, porque nos faz pensar que a crise acabou e baixar a guarda”, alertou Tedros.

O responsável da OMS sublinhou que esta organização está a trabalhar com países de todo o mundo para aumentar a capacidade de diagnóstico e acompanhar a evolução do surto.

Tedros Adhanom Ghebreyesus referiu que existe preocupação com casos que foram relatados no Sudão, particularmente num campo de refugiados perto da fronteira com a Etiópia.

O Monkeypox é considerado pela OMS uma emergência de saúde pública internacional, da mesma forma que a Covid-19.

Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infeciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

LUSA/HN

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