“Todas as questões que estão na mesa de diálogo vão ter, de uma ou de outra forma, uma solução para que a greve não possa ocorrer”, disse Armindo Tiago, à margem da inauguração de um centro de formação na Beira, centro do país.
Para o ministro da Saúde, “ninguém ganha” com a greve dos médicos e o maior “perdedor vai ser o povo”.
“Nenhuma coisa deve penalizar o povo”, referiu o governante, reiterando que a aplicação da nova tabela é um “processo complexo”.
Também hoje, numa outra cerimónia, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que “grande parte” dos funcionários que já recebeu o salário com base na nova tabela “está satisfeita”.
A nova Tabela Salarial Única (TSU) da função pública tem estado no centro da discussão.
Os profissionais de saúde reivindicam a reposição de subsídios previstos no Estatuto do Médico e a correção de erros de enquadramento nas carreiras. Alguns deles queixam-se de estar a receber menos com a entrada em vigor da TSU.
Além dos médicos, grupos de professores ameaçam também fazer greve e boicotar os exames que vão começar nas próximas semanas, queixando-se de erros na integração nos novos escalões salariais no Estado.
O Governo moçambicano anunciou na quarta-feira ter criado uma comissão que vai funcionar durante um ano, para resolver cada reclamação de funcionários públicos prejudicados com a nova tabela num prazo de 15 dias.
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