Médicos moçambicanos adiam greve face a avanços nas negociações

6 de Novembro 2022

A Associação Médica de Moçambique decidiu hoje adiar para 05 de dezembro a greve nacional que estava marcada para segunda-feira, anunciou em comunicado

A decisão foi tomada após uma reunião nacional da associação, considerando que “o Governo passou a adotar uma postura de maior abertura ao diálogo” para resolver reivindicações relacionadas com a nova Tabela Salarial Única (TSU) da função pública.

A associação optou pela “remarcação da data de início da 3.ª greve nacional para o dia 05 de dezembro de 2022, caso o Governo não solucione as questões levantadas no caderno reivindicativo da classe médica”, lê-se no comunicado de hoje.

As negociações vão continuar, acrescentou.

Sob a ameaça de greve, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, juntou-se na sexta-feira e sábado ao ministro da Saúde, Armindo Tiago, nas negociações com os médicos.

No sábado, o gabinete de Tonela divulgou uma minuta sobre as negociações, em que dos 14 pontos em discussão, quatro permaneciam sem acordo acerca da manutenção de subsídios (entre eles o subsídio de exclusividade de 40%) e formas de cálculo de horas extraordinárias e diuturnidades.

Noutro ponto, o Governo reconheceu que em outubro houve casos de redução de salários com a entrada em vigor da TSU, mas garantiu “as correções necessárias” durante novembro, para que “nenhum funcionário ou agente do Estado” tenha “o seu vencimento reduzido” por causa da nova tabela.

NR/HN/LUSA

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Mpox: Angola regista primeiro caso, na província de Luanda

O Ministério da Saúde de Angola confirmou hoje o registo do primeiro caso de Mpox no país, uma mulher congolesa que foi isolada, juntamente com pessoas próximas, nas instalações do Centro Especializado de Tratamento de Endemias e Pandemias (CETEP).

SIM Defende Manutenção de Regras para Concursos de Medicina

Na passada sexta-feira, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifestou a sua posição junto do Ministério da Saúde, sublinhando a importância de manter as regras em vigor até 2023 para o concurso nacional destinado à colocação de médicos nas especialidades de Medicina Geral e Familiar (MGF) e Saúde Pública.

MAIS LIDAS

Share This