“Apesar de ser uma doença que pode afetar muitas pessoas, ainda há um grande desconhecimento sobre ela”, explicou o otorrinolaringologista Alejandro Jiménez, durante uma conferência.
O especialista sublinhou que se estima que entre 02% a 04% da população mundial sofra de polipose nasal, enfermidade que, segundo explicou, é uma doença inflamatória que afeta a mucosa do nariz e os seios paranasais.
Esta condição não é considerada uma patologia maligna, nem qualquer tipo de cancro. No entanto, nos casos mais avançados, pode afetar significativamente a qualidade de vida da pessoa que a sofre, especialmente se for uma pessoa idosa que também tenha problemas respiratórios, como os que podem ser causados pela asma ou alergia forte.
Segundo o otorrinolaringologista Carlos Vázquez-Vela, entre os sintomas, estão a perda de olfato, congestão, muco e pressão ou dor facial.
O grande problema, apontaram estes dois especialistas, é que esta doença, que não tem cura, costuma ser confundida com asma ou alergias.
Os pólipos, que se formam na mucosa, são o resultado do seu espessamento anormal, que acaba por dar origem a pequenas protuberâncias translúcidas que podem provocar uma obstrução nasal mais ou menos incómoda e intensa.
Se os pólipos não forem tratados e aumentarem de tamanho significativamente, podem não só levar a uma obstrução nasal grave, mas também afetar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.
“O sono afeta-os especialmente, eles não dormem bem, ressonam e por isso são menos produtivos”, explicou Vázquez-Vela.
Atualmente, os tratamentos para esta condição são diversos, entre os quais destacam-se os esteroides intranasais, a cirurgia, as terapias biológicas e os esteroides ou cortisona oral.
Por fim, estes especialistas reiteraram a importância de recorrer ao otorrinolaringologista para sintomas como falta de olfato e paladar, obstrução e congestão nasal, secreção nasal persistente e dor/pressão facial, que afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
LUSA/HN
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