“Os tempos mais difíceis estão a passar”, garantiu Ho Iat Seng, na mensagem de Ano Novo, lembrando que “a prevenção e o controlo da epidemia estão a entrar numa nova fase”, com foco no tratamento médico para “garantir a segurança da vida e a saúde dos residentes”.
“Esperamos que a população continue a apoiar e cooperar com o Governo na prevenção da epidemia, a manter todos os cuidados de autoproteção e empenhada num esforço conjunto em alcançar a plena normalização económica e social”, pediu.
Para Ho Iat Seng, “múltiplos fatores positivos para o desenvolvimento de Macau” estão a surgir com a chegada de 2023, durante o qual o Governo vai “aperfeiçoar a coordenação da prevenção e controlo da epidemia”, empenhar-se “também na promoção da recuperação económica”, procurando “resolver de forma eficaz as disparidades e problemas profundamente arreigados no desenvolvimento económico e social”.
Outros objetivos enunciados são “a promoção acelerada do desenvolvimento adequado e diversificado da economia”, a “construção da Zona de Cooperação Aprofundada [em Hengqin], avançando assim na integração de Macau na conjuntura do desenvolvimento” da China e a criação de “uma nova conjuntura com a prática de ‘um País, dois sistemas’ com características de Macau”, bem como a defesa “com firmeza” da soberania e da segurança.
O líder do território salientou que no próximo ano se assinalam os 30 anos da promulgação da Lei básica da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) “um importante marco histórico”.
Apesar de o ano que agora termina ter sido “extremamente difícil para Macau devido ao impacto da pandemia”, em que todos os setores da sociedade “enfrentaram desafios e pressões sem precedentes”, o chefe do Governo sublinhou que a “RAEM alcançou novos progressos em todas as vertentes, e a situação social, em geral, permanece harmoniosa e estável”.
Macau, que seguia a política chinesa ‘zero covid’, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas, anunciou recentemente o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, após quase três anos das rigorosas restrições.
Na sexta-feira, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, área que integra também a Saúde, afirmou estar convencida de que um primeiro pico das infeções se registou entre 21 e 23 de dezembro, com a maioria dos infetados já recuperados.
Contudo, Elsie Ao Ieong U acrescentou que o território entrou nos dias 27 e 28 de dezembro no pico de infeções com sintomas graves, sublinhando que as autoridades “estão a concentrar os recursos hospitalares para tratar os doentes graves, procurando constantemente aumentar a capacidade de tratamento”, de acordo com um comunicado.
Desde o início da pandemia da covid-19, Macau registou 45 mortos e 2.501 casos, indica a página eletrónica especial contra epidemias, hoje atualizada.
LUSA/HN
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