“Estamos muito tranquilos sobre isso. Aquilo que queremos é o melhor atendimento possível em cada sítio. E as pessoas têm a noção de que as medidas que tomamos, em cada momento, correspondem a essa ambição”, afirmou Manuel Pizarro no final de uma vista ao Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco.
Em declarações aos jornalistas, o governante salientou que, neste momento, “as maternidades estão a funcionar em pleno”.
“Eu estou satisfeito com isso e temos de garantir que isso continuará a ser assim no futuro e que, em cada momento, as futuras mães são atendidas com qualidade e segurança como sempre aconteceu no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que mudou a qualidade da saúde materno infantil em Portugal e tem de continuar a ser assim no futuro”, frisou.
Em outubro, o grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do SNS propôs ao Governo o fecho do atendimento em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional do Centro (Castelo Branco e Guarda).
Manuel Pizarro sublinhou que para já todas as maternidades estão abertas, com condições de segurança e de qualidade.
“Eu venho aqui para reforçar o hospital de Castelo Branco, não para o diminuir. A maternidade está aberta e está aberta todos os dias. Vamos manter a confiança de que e possível manter os serviços em funcionamento. É nisso que estamos concentrados”, disse.
O ministro adiantou ainda que serão tomadas “as decisões que forem necessárias” para garantir “a qualidade e a segurança”.
Questionado sobre a carta que o Sindicato Democrático dos Enfermeiros lhe endereçou recentemente a exigir a reabertura de negociações, disse que “a porta do Ministério da Saúde está sempre aberta para negociar com os profissionais”.
“Confesso que não vi a carta, mas vi a notícia. Os profissionais são o coração do SNS. Em dezembro concluímos um acordo muito importante com uma grande parte muito importante dos sindicatos de enfermeiros. Esse acordo permitiu o reforço da posição salarial de quase 20 mil enfermeiros”, disse.
O governante prometeu que irá continuar a trabalhar para chegar a uma plataforma de entendimento com a maior parte dos profissionais: “Não tenho nenhuma dúvida sobre isso”.
A visita do ministro da Saúde ao HAL decorreu no âmbito do programa “Governo Mais Próximo”, que se realiza entre quarta-feira e hoje no distrito de Castelo Branco, com mais de 40 iniciativas em que estarão presentes membros do executivo.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal anunciou esta semana ter enviado uma carta ao ministro da Saúde a exigir a reabertura de negociações, numa altura em que, afirma, a vontade dos enfermeiros de avançar para a greve “supera até a dos sindicatos”.
LUSA/HN
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