Os resultados das amostras recolhidas na aldeia de Kpo-Kahankro, situada a cerca de 20 quilómetros da cidade de Bouaké (centro) “foram enviados para o Instituto Pasteur [em Abidjan] e apareceu um germe [bactéria]”, explicou Joseph Bénié Bi Vroh, diretor do Instituto Nacional de Higiene Pública (INHP), dependente do Ministério da Saúde, durante uma conferência de imprensa na capital da Costa do Marfim.
A bactéria, presente num objeto transportado em dezembro por um curandeiro tradicional, propagou-se em duas cerimónias de culto, ao qual é atribuído um poder sobrenatural, segundo responsáveis do Ministério da Saúde.
“Hoje, o balanço é de 16 mortos e 53 doentes”, afirmou o ministro da Saúde da Costa do Marfim, Pierre Dimba, também presente na conferência de imprensa.
“Seis pessoas morreram em dezembro, após uma primeira cerimónia de adoração, outras 10 em janeiro” após um segundo ritual, acrescentou.
O presidente de uma associação juvenil de uma aldeia, Paul Kouassi, tinha falado há dias em “20 mortos, entre os quais dois adultos”, sendo os outros 18, segundo disse, crianças.
O Ministério da Saúde não especificou o número de crianças que morreram.
A principal bactéria encontrada pela equipa enviada pelo Ministério da Saúde a Kpo-Kahankro é o ‘Clostridium’, que provoca diarreia e pode ser grave em crianças e idosos.
Segundo Paul Kouassi, os dois adultos que morreram eram mulheres de 60 e 70 anos, ambas num hospital de Bouaké “depois de apresentarem os mesmos sintomas das primeiras mortes, nomeadamente vómitos e diarreia”.
LUSA/HN
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