Câmara de Vagos contesta o “inaceitável” encerramento de três unidades de saúde

25 de Fevereiro 2023

O presidente da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, mostrou-se hoje totalmente contra o eventual encerramento de três unidades de saúde no concelho e apelou à união de todas as cores políticas na defesa dos interesses das suas populações.

“A decisão de encerrar unidades de saúde no concelho de Vagos terá a frontal oposição da Câmara Municipal. Estes processos de centralização de serviços são absolutamente ridículos, numa altura em que falamos de descentralização”, destacou.

Em declarações à agência Lusa, o autarca do PSD explicou que, na semana passada, foi oficiosamente informado da decisão de serem encerradas as extensões de Saúde de Covão do Lobo e de Gafanha da Boa Hora.

“E acredito que isto não ficará por aqui, o passo seguinte será encerrar Ouça. Não tenho dúvidas de que é o que o Governo tem previsto quando se ampliar a Unidade de Saúde de Soza”, lamentou.

De acordo com Silvério Regalado, depois de a Câmara de Vagos ter tido conhecimento destas intenções de encerramento, foi solicitada audiência ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, para além de ter sido agendada uma reunião, para a segunda-feira, com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

“Independentemente da cor política, todos os vaguenses devem colocar-se ao lado da população. É que este não é um atentado só para estas três localidades, é a todo o concelho de Vagos”, vincou.

Já na última sessão da Assembleia Municipal de Vagos, que decorreu no dia 17, o presidente da Câmara Municipal de Vagos partilhou com os eleitos a sua indignação perante a eventualidade destas três unidades de saúde virem a ser encerradas.

Na altura, deixou o apelo a todos os eleitos para se associarem a esta posição da autarquia, com o intuito de trabalharem para evitarem estes encerramentos.

Também o presidente da Assembleia Municipal de Vagos, Rui Santos, repudiou esta intenção de se encerrarem unidades de saúde no concelho, sublinhando que esta é uma decisão que prejudica claramente a população.

“Não podemos ficar calados perante tamanha injustiça, que sacrifica as pessoas que mais precisam, numa área tão importante como a saúde”, sustentou.

O presidente da União das Freguesias de Fonte de Angeão e Covão do Lobo, Albano Gonçalves, bem como o presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora, Arlindo Neves, também deixaram a promessa de lutar para que os encerramentos não se efetivem.

LUSA/HN

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