“Passamos o fim de semana todo num diálogo muito forte [com o Governo]”, disse Anselmo Muchave, referindo que houve “bons consensos” durante as negociações.
Segundo o presidente da associação, o Governo moçambicano tem um prazo de 60 dias para responder a pelo menos “uma parte das inquietações” dos profissionais de saúde.
O regresso à greve, suspensa no dia 04, foi anunciado na sexta-feira. Entretanto, após negociações com uma comissão governamental durante o fim de semana, a associação decidiu, novamente, suspender a greve.
No intervalo de “duas semanas após a [primeira] suspensão, os acordos não foram cumpridos, é por isso que decidimos retomar a greve, mas o Governo voltou a ligar na sexta-feira para pedir um diálogo”, referiu Anselmo Muchave.
De acordo com Muchave, pelo menos 40.000 funcionários do setor da saúde moçambicano aderiram a greve.
As reivindicações envolvem condições de trabalho e níveis de remuneração dos profissionais.
A associação queixa-se de falta de luvas e soro, entre outros materiais, nas unidades de saúde, além de contestar a Tabela Salarial Única (TSU).
Iniciada no dia 01 de junho, a greve foi suspensa no dia 04 para dar lugar a negociações, mas sem resultados.
No final do último ano, outra organização, a Associação Médica de Moçambique (AMM), realizou uma greve de 19 dias em protesto contra a TSU, alcançando acordos com o Governo nalguns pontos do caderno reivindicativo.
LUSA/HN
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