Como habitualmente, esta sessão online será transmitida exclusivamente no Facebook e Youtube da AADIC, e contará com as intervenções de Diogo Cavaco, cardiologista – electrofisiologista, CHLO (Hospital Santa Cruz), Hospital da Luz Lisboa, e Salomé Carvalho, cardiologista – arritmologia clínica, Hospital da Luz Lisboa. A moderação será da responsabilidade de Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC. Para a realização deste evento online, a associação contou com o apoio da Pfizer.
O tema desta sessão tem por objetivo explicar o que é a fibrilhação auricular e a relação com a insuficiência cardíaca, quais os fatores de risco, como se manifesta, os sintomas, de que forma pode ser detetada e quais os tratamentos adequados.
A fibrilhação auricular é a arritmia crónica mais frequente. “Nesta arritmia, podem formar-se coágulos dentro das aurículas, que depois se libertam e viajam na corrente sanguínea. Podem ocluir um vaso do cérebro e originar um AVC. É uma das principais causas de AVC. Daí a importância do diagnóstico – sobretudo em pessoas sem queixas – e daí a importância de um gesto tão simples como aprender a palpar o pulso. A maioria dos doentes com fibrilhação auricular tem indicação para medicação crónica com anticoagulante, para proteção do acidente vascular cerebral. Os medicamentos anticoagulantes que se utilizam, atualmente, têm um excelente perfil de segurança e são de toma muito simples (1 ou 2 vezes)”, refere Diogo Cavaco.
“Sabe-se que o número de pessoas afetadas aumenta com a idade. A fibrilhação auricular é rara antes dos 40 anos e atinge > 10% das pessoas com mais de 80 anos. É um ritmo completamente irregular. Este ritmo pode ser detetado na palpação do pulso e o diagnóstico é confirmado por eletrocardiograma”, explica o especialista.
“Os sintomas podem ser tratados de várias formas: utilizando medicamentos para controlar o ritmo cardíaco (ou para manter a pessoa em fibrilhação auricular controlada); com recurso a cardioversão elétrica (um choque no tórax que reverte o ritmo irregular para o ritmo normal); ou com recurso a um exame invasivo para tratamento de arritmia chamado de ablação, que consiste na aplicação de energia em zonas específicas do coração, responsáveis pela manutenção da arritmia. Em Portugal, em 2022, foram realizadas cerca de 2000 ablações de fibrilhação auricular”, acrescenta ainda Diogo Cavaco.
No final da sessão, haverá espaço para os doentes e cuidadores na assistência partilharem dúvidas e pontos de vista com os oradores.
PR/HN/RA
0 Comments