Sesaram recupera acesso à informação clínica e não clínica dos utentes

10 de Setembro 2023

As interligações informáticas dos servidores do Serviço Regional de Saúde da Madeira (Sesaram) aos hospitais e centros de saúde, que permitem o acesso aos dados necessários à informação clínica e não clínica dos utentes, foi restabelecida.

Num comunicado hoje enviado às redações, o Sesaram salienta que o “restabelecimento destas ligações foi possível devido ao trabalho ininterrupto desenvolvido pelo Núcleo de Informática e Tecnologias que desde o dia 06/08, se empenhou em debelar o ataque informático”.

O ataque informático ao Sesaram foi sinalizado às 08:11 de 06 de agosto, e provocou uma “disfunção na rede informática”, afetando os hospitais e centros de saúde do arquipélago, com bloqueio no acesso aos registos dos utentes.

Na segunda-feira, 07 de agosto, o Serviço Cibersegurança do Governo Regional indicou que o tempo de recuperação do ataque seria “prolongado” e apelou aos utentes para tomarem “cuidados redobrados” no acesso à informação.

O responsável do serviço, Nuno Perry, explicou, nesse dia, que tudo apontava para que os dados clínicos dos utentes estivessem preservados e não que não tinham sido comprometidos, o mesmo não acontecendo com outros dados, nomeadamente ao nível dos números de identificação pessoal.

Nuno Perry disse também que “não foi pedido nenhum resgate”, embora o ataque tenha sido reivindicado pela organização norte-americana Rhysida.

Na sequência do ataque informático alguns médicos pediram escusa de responsabilidade, tendo o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, apelado para que os profissionais não tomassem essa atitude.

Em 11 de agosto, o presidente do Governo da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, anunciou um reforço de 15 milhões de euros do investimento na cibersegurança do Sesaram, afirmando também que o executivo não pretende “ceder a chantagistas” após o ciberataque.

“Nós não temos qualquer condição, mesmo até do ponto de vista político, ético e moral, para estar a ceder a chantagistas”, disse Miguel Albuquerque na altura, referindo-se a um eventual pedido de resgate por parte dos autores do ataque.

O governante não confirmou se efetivamente foi feito um pedido de resgate, mas referiu-se aos responsáveis como “criminosos ignóbeis que aproveitam esta situação para pedir resgates”, realçando que se trata de “matéria de índole criminal” que foi “entregue às instâncias competentes”.

LUSA/HN

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