A greve, que começou em 24 de julho, terminava inicialmente a 22 de agosto, mas foi posteriormente prolongada até 22 de setembro.
Justificando o novo prolongamento da greve, até 22 de outubro, o SIM invoca no seu portal a “incompreensível e desrespeitosa proposta governamental de um aumento médio, transversal a todos os médicos, de 3,6%, para compensar uma perda de poder de compra de 22%”.
Em declarações à Lusa, após a sétima e última reunião negocial extraordinária que decorreu hoje no Ministério da Saúde, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, admitiu a “necessidade de manter o protesto”, sem mencionar eventuais novas greves, face à falta de acordo sobre aumentos salariais para os médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“O SNS continua a não ser uma prioridade”, afirmou.
As negociações entre Governo e sindicatos dos médicos, pautadas por greves, iniciaram-se em 2022 sem que as partes tivessem chegado a um consenso sobre matérias fulcrais como a nova grelha salarial e o novo regime de dedicação plena.
Apesar da falta de acordo sobre a grelha salarial, o SIM considera positivo o fim das quotas para a transição das Unidades de Saúde Familiar modelo A para modelo B e a inclusão dos médicos de saúde pública no novo regime de dedicação plena.
O SIM realiza na quarta e na quinta-feira a primeira de duas greves na região de Lisboa e Vale do Tejo, a que se segue em 20 e 21 de setembro a segunda greve na região do Norte.
As greves regionais do SIM terminam em 27 e 28 de setembro com uma nova paralisação, a segunda, em Lisboa e Vale do Tejo.
As greves convocadas pelo SIM, em várias modalidades e regiões, decorrem desde julho, mês em que os médicos cumpriram três dias de uma paralisação nacional, nos dias 25, 26 e 27.
A 23 e 24 de agosto, os médicos internos (em formação) fizeram pela primeira vez greve, promovida pelo SIM.
Hoje, à Lusa, o SIM expressou a sua disponibilidade para concertar “formas de luta” com a Federação Nacional dos Médicos (Fnam).
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