O SIM convocou para quarta-feira e hoje uma greve regional, tendo na quarta-feira os números de adesão sido idênticos aos de hoje, segundo o sindicato.
De acordo com os dados divulgados pelo sindicato, as maiores adesões, de 100%, foram por exemplo no serviço de Patologia Clínica do Hospital Garcia da Horta, no Agrupamento dos Centros de Saúde de Loures e Odivelas, no serviço de Anestesia do Hospital de Vila Franca de Xira e nos blocos deste hospital e do Hospital de São Bernardo, em Setúbal.
Em termos gerais, segundo o sindicato, a adesão foi de 90% nos Blocos Operatórios, de 95% nos Centros de Saúde, e de 89% nas Consultas Hospitalares.
A greve abrange parte dos estabelecimentos de saúde na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), estando os restantes estabelecimentos em greve no final do mês.
A greve de quarta-feira e de hoje é a primeira de duas greves regionais convocadas pelo SIM para a região de Lisboa e Vale do Tejo. A próxima está agendada para 27 e 28 de setembro.
Em declarações à Lusa no início deste primeiro período de greve regional o secretário-geral do SIM recordou que na última reunião de negociação, na terça-feira, o Governo “não ultrapassou a proposta de 3,1% de aumento salarial”, sublinhado que “nos últimos 10 anos houve uma perda salarial de 22%”.
“Os impostos que nós pagamos obrigariam a que o Governo fizesse esse investimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que não esta a acontecer”, afirmou o responsável.
Na terça-feira, o SIM anunciou um novo prolongamento, até 22 de outubro, da greve dos médicos às horas extraordinárias, que começou a 24 de julho e terminaria no dia 22 de setembro.
Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de o SIM concertar formas de luta com a Federação Nacional dos Médicos (Fnam) – que na terça-feira anunciou uma nova greve para 17 e 18 de outubro, Roque da Cunha respondeu: “Temos estado em mesas conjuntas e na segunda-feira fizemos uma proposta para uma cimeira conjunta com a Fnam. Essa proposta já teve resposta, mas ainda não há data marcada”.
A greve destes dois dias, segundo o SIM, visa nomeadamente fazer com que o Governo “dê uma resposta efetiva ao caderno reivindicativo sindical”.
LUSA/HN
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