“Há um processo negocial que está em curso. Amanhã, quinta-feira, haverá uma nova reunião e esperemos que desta vez os sindicatos deem um passo no sentido de se aproximarem daquilo que é o gigantesco passo que o Governo já tem dado no sentido de haver uma resposta”, afirmou António Costa, em resposta à líder parlamentar do PCP, Paula Santos, no debate quinzenal no parlamento.
No segundo dia de uma greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam) – que o PCP saudou – a líder parlamentar comunista acusou o executivo de deixar “definhar o Serviço Nacional de Saúde” e pediu ao primeiro-ministro para não “iludir o povo com os milhares de milhões que diz canalizar para a saúde, omitindo que parte significativa vão diretinho para os grupos privados que lucram à custa da doença”.
Na resposta, António Costa referiu que o Governo investiu “mais orçamento no SNS” e que “com mais orçamento há mais profissionais no SNS”, acrescentando que “com mais profissionais há mais consultas hospitalares, mais consultas nos cuidados primários, mais cirurgias, mais atendimento nas urgências”.
“Esta é a realidade do SNS. E temos que fazer mais e melhor e, portanto, estamos a investir na melhoria da gestão”, disse.
O chefe do executivo maioritário socialista referiu ainda que o Governo está a “melhorar as condições de trabalho e as condições remuneratórias dos profissionais”.
A adesão ao segundo dia da greve dos médicos é de 90%, o que reflete a falta de confiança destes profissionais nas políticas do Ministério da Saúde, revelou hoje a presidente da Federação Nacional de Médicos (FNAM).
Os médicos iniciaram terça-feira dois dias de greve, uma paralisação que acontece cinco dias depois de os sindicatos se terem reunido com o Ministério da Saúde e de estar marcada uma nova ronda negocial para a próxima quinta-feira.
A FNAM tem agendada nova greve para os dias 14 e 15 de novembro, caso não chegue a acordo com o Ministério da Saúde.
LUSA/HN
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