O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) revelou hoje, em entrevista ao jornal Público, que a reorganização das urgências estará pronta até final do ano e que, dentro de pouco tempo, só poderá ir às urgências quem for enviado pela linha SNS24, por um médico ou por outro hospital.
Questionada sobre a medida, a secretária de Estado não confirmou nem adiantou detalhes, afirmando apenas que “todas as estratégias no sentido de melhorar a referenciação para e entre níveis de cuidados serão explicadas e comunicadas em cada tempo”.
Em declarações aos jornalistas, à margem da sessão de apresentação do Programa para a Promoção de Saúde Mental no Ensino Superior em que estava inicialmente previsto participar o ministro da Saúde, Margarida Tavares reconheceu, no entanto, essa necessidade.
“Todos nós desejamos que as pessoas tenham os cuidados no local que é mais adequado para prestar os cuidados adequados à sua situação”, afirmou, defendendo a importância de “regular o fluxo” de doentes, de forma a assegurar que “os serviços mais diferenciados e onde se prestam cuidados a situações mais graves estejam livres”.
Esse trabalho pode passar pela triagem que já é atualmente feita pela linha SNS24, acrescentou, sem confirmar a hipótese de limitar o acesso às urgências.
A secretária de Estado recordou ainda a forma como a linha respondeu às necessidades durante a pandemia de covid-19 e sublinhou: “Estou plenamente convicta e está tudo no terreno que permita que a linha SNS 24 seja um instrumento de triagem para quem se sente doente e quer saber qual é a melhor forma para recorrer aos serviços de saúde de que necessitam”.
Por outro lado, a propósito do plano para os meses de outono e inverno, a secretária de Estado adiantou que deverá repetir-se o alargamento dos horários de atendimento durante a semana e aos fins de semana nos centros de saúde.
No ano passado, quase 200 centros de saúde funcionaram com horário alargado, de forma a diminuir a pressão sobre as urgências hospitalares.
LUSA/HN
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