DGS preocupada com consequências para saúde pública do condicionamento de urgências

25 de Novembro 2023

A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, manifestou hoje preocupação com as consequências para a saúde pública do condicionamento de muitos serviços de urgência no país.

“Preocupa-nos sempre, mas aquilo que é fundamental é que estejam elencadas algumas daquelas que são as respostas para dar face a estes constrangimentos”, afirmou Rita Sá Machado quando questionada se o condicionamento de muitos serviços de urgência por todo o país poderá agravar a situação de saúde pública.

Rita Sá Machado, que tomou posse no dia 01 de novembro, falava à margem da apresentação do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde (Referencial Técnico Inverno 2023) da Direção-Geral da Saúde, em Pombal, no distrito de Leiria.

“Eu estou preocupada com aquilo que é a nossa resposta sempre habitual ao inverno. Por isso mesmo, é que nós, todos os anos, elaboramos este Plano de Contingência, que nos permite, de alguma forma, prepararmo-nos para o inverno e depois também elencar algumas medidas de resposta”, declarou.

A este propósito realçou que “o Referencial de Saúde Sazonal engloba, não só a Direção-Geral da Saúde, mas também outros parceiros, incluindo a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, que tem essa responsabilidade no âmbito daquilo que são a prestação de cuidados de saúde”.

Sobre os dados hoje divulgados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge segundo os quais os hospitais notificaram 13.706 casos de infeção respiratória e 502 casos de gripe desde 02 de outubro, apontando uma tendência crescente de gripe e infeções pelo vírus sincicial respiratório, esta responsável salientou que estes são dados que a DGS tem “monitorizado ao longo destes meses, também enquadrados neste Plano de Contingência”.

“Neste momento, as temperaturas estão a descer, como é habitual, como nós estávamos à espera de que elas acontecessem e, por isso mesmo, começa também a haver aqui aquilo que é normal para a época do ano, um aumento da atividade gripal”, afirmou.

Rita Sá Machado garantiu que “as medidas de saúde pública estão a ser implementadas não só a nível nacional, mas também regional e local”, além de que “continua a monitorização e vigilância do vírus”.

O plano tem quatro grandes áreas: sistema de vigilância e monitorização, proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade, a acessibilidade, organização e prestação de cuidados de saúde, e a literacia em saúde.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Promessas por cumprir: continua a falta serviços de reumatologia no SNS

“É urgente que sejam cumpridas as promessas já feitas de criar Serviços de Reumatologia em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde” e “concretizar a implementação da Rede de Reumatologia no seu todo”. O alerta foi dado pela presidente da Associação Nacional de Artrite Reumatoide (A.N.D.A.R.) Arsisete Saraiva, na sessão de abertura das XXV Jornadas Científicas da ANDAR que decorreram recentemente em Lisboa.

Consignação do IRS a favor da LPCC tem impacto significativo na luta contra o cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a reforçar o apelo à consignação de 1% do IRS, através da campanha “A brincar, a brincar, pode ajudar a sério”, protagonizada pelo humorista e embaixador da instituição, Ricardo Araújo Pereira. Em 2024, o valor total consignado pelos contribuintes teve um impacto significativo no apoio prestado a doentes oncológicos e na luta contra o cancro em diversas áreas, representando cerca de 20% do orçamento da LPCC.

IQVIA e EMA unem forças para combater escassez de medicamentos na Europa

A IQVIA, um dos principais fornecedores globais de serviços de investigação clínica e inteligência em saúde, anunciou a assinatura de um contrato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para fornecer acesso às suas bases de dados proprietárias de consumo de medicamentos. 

SMZS assina acordo com SCML que prevê aumentos de 7,5%

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) assinou um acordo de empresa com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que aplica um aumento salarial de 7,5% para os médicos e aprofunda a equiparação com a carreira médica no SNS.

“O que está a destruir as equipas não aparece nos relatórios (mas devia)”

André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights