Risco de AVC é duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes

28 de Março 2024

A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) reforçou esta quinta-feira a importância de controlar a diabetes para reduzir o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A APDP alerta que o risco de acidente vascular cerebral é duas a quatro vezes maior em pessoas com diabetes.

A associação reforça, em comunicado,  que as pessoas com diabetes têm um risco duas a quatro vezes maior de virem a sofrer um AVC e alerta que o aumento da prevalência da diabetes tipo 2 nas camadas mais jovens tem contribuído para o aumento do número de AVC nestas faixas etárias.

Segundo os dados mais recentes do Observatório Nacional da Diabetes anunciados pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) relativos a 2021, 31,1% dos internamentos por AVC foram registados em pessoas com diabetes, que se estima que afete 14,1% da população entre os 20 e os 79 anos.

“Sabemos que a diabetes é um fator de risco no que diz respeito a complicações cardiocerebrovasculares, como o AVC. Controlar a diabetes é, por isso, crucial para reduzir o risco de AVC e a sua gravidade, bem como para tornar a recuperação mais simples após um evento destes”, explica Rita Nortadas, especialista em Medicina Interna e Diabetologista Clínica na APDP.

“Além disto, a medicina está em constante evolução e sabemos agora que existem novos tratamentos da diabetes que reduzem também a incidência de AVC, e nos quais devemos apostar!”, acrescenta.

Apesar de existirem fatores não modificáveis, como a idade, o sexo ou a história familiar, a maioria dos fatores de risco para ambas as patologias são modificáveis e passíveis de alteração ou controlo, como é o caso da tensão arterial, o tabagismo, a obesidade, o colesterol e o sedentarismo. “Adotar um estilo de vida mais saudável e cumprir a terapêutica prescrita pelo médico são ações que irão ajudar a controlar a diabetes e, consequentemente, reduzir o risco de AVC”, remata a médica.

O AVC continua a ser a principal causa de mortalidade e morbilidade em Portugal, sendo que por hora três portugueses sofrem um AVC.

PR/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Bolsas Mais Valor em Saúde distinguem quatro projetos inovadores no SNS

Gilead Sciences, em parceria com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a Exigo e a Vision for Value, anunciou os vencedores da 4ª edição das Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, iniciativa que distingue projetos inovadores no Serviço Nacional de Saúde (SNS) focados na metodologia Value-Based Healthcare (VBHC). 

Dia Mundial da DPOC: Uma Doença Prevenível que Ainda Mata

No dia 19 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), uma condição respiratória crónica que, apesar de ser prevenível e tratável, continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível global.

Patrícia Costa Reis: “Precisamos de diagnosticar mais cedo a XLH”

Numa entrevista exclusiva ao HealthNews, Patrícia Costa Reis, gastroenterologista pediátrica, investigadora e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa – Hospital de Santa Maria -, esclarece os mecanismos e impactos da XLH (hipofosfatemia ligada ao cromossoma X). Esta doença genética rara provoca perdas de fósforo, originando raquitismo, deformidades ósseas, dor crónica e fadiga. A especialista destaca a importância do diagnóstico precoce, o papel crucial das equipas multidisciplinares e a mudança de paradigma no tratamento com a introdução de terapêuticas dirigidas.

Menos arsénio na água diminui mortes por cancro e doenças cardíacas

Um estudo recente publicado na revista científica JAMA revela que a diminuição dos níveis de arsénio na água potável está associada a uma redução significativa da mortalidade por doenças crónicas, incluindo cancro e doenças cardiovasculares. 

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights