Ana Paula Martins falava na cerimónia que assinalou a inauguração do bloco de partos da MAC, cuja obra obrigou a um investimento 2,09 milhões de euros em empreitada e fornecimento de novo equipamento e material a esta antiga instituição de saúde criada em 1932.
Após percorrer as novas instalações, cuja obra demorou apenas quatro meses a executar, a ministra, ao ser confrontada pelos jornalistas sobre se se justificava um tal investimento num edifício com mais de 90 anos, respondeu: “Justifica-se completamente porque o trabalho de requalificação vai permitir não só ampliar a resposta, como as famílias e os profissionais de saúde precisam de instalações com segurança e conforto”.
Ana Paula Martins sublinhou a propósito que a MAC “está sempre cheia, 24 horas sobre 24 horas”, pelo que “precisa sempre e sempre” que se continue a investir nas suas instalações.
Na sua intervenção na cerimónia, a ministra reiterou a prioridade que o Governo atribui à saúde, mormente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), falou da importância do plano de emergência para o setor, que “simboliza a determinação” do executivo em melhorar o SNS e reconheceu que é preciso investir nas carreiras dos médicos e outros profissionais de saúde, mostrando-se confiante que será possível chegar a um entendimento nas negociações em curso.
Embora considerando que esta requalificação do bloco de partos da MAC reflete o compromisso de dar cuidados de saúde de excelência e de ajudar a natalidade em Portugal, a ministra reconheceu que ainda há constrangimentos e “muito caminho a percorrer”.
Questionada sobre a notícia do jornal Público de que com o atraso na decisão do projeto do novo hospital de Lisboa Oriental Portugal arrisca-se a perder o apoio de 100 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Ana Paula Martins respondeu que “a muitíssimo breve trecho a decisão estará tomada”, sem adiantar mais pormenores.
A Lusa também já tinha questionado na quarta-feira a tutela sobre esta questão, mas não obteve resposta. Segundo um relatório divulgado sobre o PRR a construção do Hospital Lisboa Oriental, dentro do prazo para obter fundos do PRR, está em risco.
A ministra evitou falar sobre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e acerca das negociações com os profissionais de saúde e salientou que existe “um grande esforço dos dois lados”, esforço esse “não só de muita boa fé, mas de muita vontade de aproximação” nas negociações em curso.
Acerca do aumento de infeções pelo parvovírus B19 que pode provocar a morte aos fetos até às 20 semanas de gestação, Ana Paula Martins garantiu que a Direção-Geral de Saúde e os seus peritos “estão muito atentos” à questão.
“Estamos a acompanhar a situação”, concluiu a ministra.
LUSA/HN
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