“Questionamos porque é que os médicos estão a ser discriminados, neste caso, na questão das grelhas salariais”, afirmou Nuno Rodrigues, referindo-se às negociações entre o Governo e os sindicatos representativos dos trabalhadores da Administração Pública, e defendendo que é um caminho necessário para a valorização dos profissionais de saúde.
À saída de uma reunião com as secretárias de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, e da Administração Pública, Marisa Garrido, Nuno Rodrigues lembrou que o sindicato está disponível para “o faseamento destes aumentos salariais” e instou a tutela a apresentar uma proposta nesse sentido.
“É uma questão de o Governo apresentar uma proposta concreta para que se concretize esta melhoria, que visa fixar os médicos no SNS”, defendeu, considerando que existe disponibilidade orçamental para acomodar a medida.
Na reunião de hoje, centrada no sistema de avaliação dos médicos, o SIM apresentou uma proposta para desbloquear o processo, através de um sistema automático de atribuição de pontos referentes ao período em que os profissionais não foram avaliados.
De acordo com o sindicato, cerca de 70% dos médicos nunca foram avaliados pelo sistema de avaliação SIADAP e 50% dos médicos estão na primeira categoria da carreira.
O SIM quer também ver resolvidas injustiças apontadas na transição dos profissionais do regime de 35 horas semanais para as 40 horas e na situação dos médicos com Contrato Individual de Trabalho anterior a 2013.
A próxima reunião com o Ministério da Saúde ficou agendada para 04 de setembro e, nessa altura, os representantes dos médicos esperam ter já uma proposta do executivo.
LUSA/HN
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