Greve parcial de enfermeiros em Lisboa, Porto e Coimbra com início hoje por tempo indeterminado

2 de Setembro 2024

Enfermeiros iniciam hoje uma greve, por tempo indeterminado, de duas horas por turno, nos dias úteis, nas unidades locais de saúde de S. João e Santo António (Porto), de Coimbra, Santa Maria e S. José (Lisboa)

A partir de hoje, os enfermeiros das unidades locais de saúde de S. João e Santo António (Porto), de Coimbra, Santa Maria e S. José (Lisboa) dão início a uma greve parcial, por tempo indeterminado, de duas horas por turno, nos dias úteis. A paralisação, convocada pela Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros, ocorrerá no turno da manhã, entre as 09:30 e as 11:30, e no turno da tarde, entre as 16:30 e as 18:30.

Entre as principais reivindicações dos profissionais de enfermagem estão a atualização salarial, o fim dos limites à progressão das carreiras e o estabelecimento de uma quota mínima de 35% de enfermeiros na categoria de especialistas. A greve abrangerá centros de saúde e hospitais, incluindo consultas externas, internamentos e serviços de imagiologia e de outros exames de diagnóstico ou de terapêutica.

Apesar da paralisação, serão garantidos serviços mínimos para a prestação de cuidados de enfermagem urgentes e inadiáveis por duas horas, bem como para tratamentos em curso de quimioterapia, radioterapia, administração de sangue e derivados e antibioterapia. Ficam excluídos da greve os serviços de atendimento urgente e complementar, as urgências hospitalares, os cuidados intensivos, intermédios e paliativos, os blocos operatórios e de partos, os hospitais de dia e os serviços de hospitalização domiciliária, hemodinâmica e hemodiálise.

A greve parcial dos enfermeiros nas principais cidades do país visa chamar a atenção para as condições de trabalho e a necessidade de valorização da profissão, destacando a importância de uma remuneração justa e de oportunidades de progressão na carreira. A duração indeterminada da paralisação demonstra a determinação dos profissionais em lutar por suas reivindicações e buscar melhorias no sistema de saúde.

NR/HN/Lusa

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