Congresso reúne em Lisboa mais de 800 especialistas em medicina aeroespacial

2 de Outubro 2024

 A segunda edição do Congresso Internacional de Medicina Aeroespacial (ICAM, na sigla em inglês) vai reunir em Lisboa mais de 800 especialistas desta área, entre quinta-feira e sábado, disse a organização.

Num comunicado enviado hoje à Lusa, a organização do ICAM sublinhou que vai ser o primeiro congresso do género realizado em Portugal, na Aula Magna da Universidade de Lisboa.

O programa inclui 11 simpósios e painéis temáticos com 200 comunicações sobre vários temas de medicina, engenharia, psicologia e espaço, que têm em comum a segurança de voo e proteção da vida humana, referiu o comunicado.

Entre os temas vão estar “evacuações aeromédicas, os efeitos mentais dos destacamentos [e] o impacto da fadiga na aviação militar”, disse a organização.

A medicina aeroespacial estuda e capacita médicos para a manutenção da saúde, segurança e performance das pessoas nas viagens aéreas, espaciais e ambientes extremos.

Os oradores incluem representantes da agência especial dos Estados Unidos, NASA, da Agência Espacial Europeia, das empresas aeroespaciais norte-americanas SpaceX e Virgin Galactics, e das forças aéreas de Portugal, Brasil, Espanha, EUA, Canadá, França e Reino Unido.

Um simpósio ibérico irá reunir especialistas de vários países “colocando a língua portuguesa como agregadora do ponto de vista científico”, acrescentou a organização.

O ICAM é organizado pela Sociedade Médica Científica de Medicina Aeroespacial – Associação Portuguesa, a Sociedade Europeia de Medicina Aeroespacial, a Academia Internacional de Medicina Aeronáutica e Aeroespacial e a Associação de Medicina Aeroespacial.

No ano letivo de 2023/24, os estudantes do Mestrado Integrado de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto passaram a ter disponível uma unidade curricular optativa de Medicina Aeroespacial.

Num comunicado, o ICBAS descreveu a medicina aeroespacial como uma área em “forte expansão” e que tem suscitado “crescente curiosidade na comunidade académica”.

O diretor do Mestrado Integrado em Medicina, António Araújo, salientou que o mestrado poderá ajudar os estudantes a “ter um papel ativo, a nível mundial, no desenvolvimento dos sistemas de apoio dos novos veículos aéreos e espaciais”.

A coordenadora da futura unidade curricular, Carolina Moreira, afirmou que a disciplina surge “num momento único na história, em que se preparam voos de longa duração e se perspetiva a chegada do homem a Marte”.

LUSA/HN

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