“As atuais condições, com ataques às infraestruturas civis, continuam a colocar em risco a segurança da população e dos movimentos no norte de Gaza, impossibilitando que as famílias levem os seus filhos para serem vacinados”, explicou a organização, em comunicado.
A agência que integra o sistema das Nações Unidas avisou que a interrupção da vacinação “pode comprometer seriamente os esforços para conter a propagação do vírus da poliomielite na Faixa de Gaza e nos países vizinhos, ameaçando paralisar mais crianças”.
A segunda dose da vacina foi dada no sábado passado a cerca de 145 mil crianças, no âmbito de uma campanha realizada no sul da Faixa de Gaza entre 19 e 22 de outubro.
No norte, o programa deveria começar hoje e durar até sexta-feira.
A organização estima que existam entre 600.000 e 620.000 crianças com menos de 10 anos em Gaza, pelo que, embora tenham atingido o seu objetivo inicial de 90% de vacinação em setembro, o objetivo é atingir 590.000 nesta nova ronda.
O primeiro caso de poliomielite foi detetado em agosto num bebé de 10 meses, que sofreu paralisia, o que motivou esta campanha de imunização contra uma doença que estava erradicada em Gaza há 25 anos.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 42 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
LUSA/HN
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