Em comunicado enviado à agência Lusa, o autarca alentejano, eleito pelo PS, adiantou que o SUB de Castro Verde deverá estar encerrado, “sucessivamente, por períodos de 12 horas, pelo menos seis dias durante o mês de novembro”.
“E no dia 15 há mesmo a possibilidade de encerramento durante 24 horas”, acrescentou.
Para António José Brito, este cenário, “verdadeiramente ímpar nos últimos longos anos, ocorre devido às ausências de médicos, por várias razões, o que limita a elaboração das respetivas escalas”.
Por isso, a autarquia já “estabeleceu diferentes contactos e desenvolveu esforços junto da administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), da direção do centro de saúde e, inclusivamente, de alguns médicos, de modo a tentar minimizar ao máximo este grave problema”.
O autarca frisou que, ainda assim, não parece provável que a situação se altere.
“E, pior do que isso, o quadro para o mês de dezembro não deverá ser muito diferente”, reforçou, notando que, “num período de oito meses, o SUB de Castro Verde encerrou ou vai encerrar mais dias do que nos últimos oito anos”.
Perante esta situação “inesperada e absolutamente anormal”, a Câmara de Castro Verde manifesta “a sua profunda apreensão”.
“Enquanto representante da população do concelho, o município assume total preocupação porque, se um único dia já significa muito de negativo, esta sucessão de dias é mesmo bastante má”, disse António José Brito.
Apesar de “não ter qualquer responsabilidade nesta área”, a autarquia já se disponibilizou junto da ULSBA para continuar a colaborar na resolução do problema.
“Além da criação de um programa de fixação de médicos no concelho com incentivos financeiros, a autarquia também cede gratuitamente instalações para médicos tarefeiros a prestar serviço no SUB e, sendo necessário, transportes para deslocações”, recordou.
António José Brito reiterou que, “mesmo sem ter qualquer competência na área da Saúde”, a autarquia “não deixará de colaborar em permanência para minimizar ao máximo este grave problema para os cidadãos do concelho de Castro Verde e dos concelhos limítrofes”.
Contactada pela Lusa, a administração da ULSBA não respondeu às questões apresentadas por correio eletrónico.
LUSA/HN
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