“Nós estamos ao lado do serviço [de Cirurgia Geral] na procura de uma solução. A saída de 10 elementos foi coincidente na data em que ocorreu, levantou-nos constrangimentos. Nós estamos a trabalhar no sentido de conseguirmos recrutar elementos que suportem a necessidade de atendermos a população que servimos”, salientou Luís Miguel Gouveia.
O responsável falava aos jornalistas depois de se ter reunido cerca de uma hora com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D’Almeida, no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra).
De acordo com Luís Miguel Gouveia, a prioridade da ULS Amadora-Sintra “é manter todas as áreas de trabalho, as áreas assistenciais abertas, disponíveis à população, naturalmente em rede, em ligação estreita com a Direção Executiva do SNS”.
O dirigente explicou que o recrutamento de novos cirurgiões está a ser feito através de “contactos diretos” para que realizem serviço de urgência e outras atividades assistenciais.
Luís Miguel Gouveia lembrou que o hospital vive “uma questão de relação pessoal que condiciona todo decurso normal do serviço”.
Há cerca de duas semanas, a ULS Amadora-Sintra ativou o Plano de Contingência de Cirurgia Geral para responder à saída de 10 cirurgiões.
Segundo o hospital, o plano foi ativado na noite do dia 01 de novembro, um dia após 10 cirurgiões saírem do hospital. O plano esteve ativo entre as 20:00 de 01 de novembro e as 08:00 do dia seguinte, período durante o qual a urgência de cirurgia geral não recebeu doentes externos.
Desde então não foi necessário voltar a ativar o plano, adiantou fonte oficial da ULS Amadora-Sintra, explicando que os níveis de contingência seriam ativados conforme as necessidades identificadas.
No passado dia 31 de outubro, quando os 10 cirurgiões saíram do hospital, o diretor do Serviço de Cirurgia Geral, Paulo Mira, apresentou a demissão, com efeitos a 31 de dezembro, situação confirmada na altura à Lusa pela ULS, que previu constrangimentos na escala de Cirurgia Geral.
A saída dos especialistas deveu-se ao regresso de dois médicos que denunciaram más práticas no serviço, que depois de investigadas não se confirmaram.
Apesar da saída desta dezena de médicos, a ULS garantiu ainda que as cirurgias eletivas (programadas com antecedência) “estão a ser realizadas”, mas admitiu que “poderá haver necessidade de ajustar o plano operatório”.
LUSA/HN
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